A inclusão da terceira idade na era digital

Quando surgiu a internet, ela mudou a forma de se relacionar e interagir uns com os outros e para os mais jovens que já nasceram nesse mundo tecnológico é difícil de imaginar um mundo sem a praticidade que ela oferece. Entretanto, a grande maioria da terceira idade se sente excluída desse mundo digital. Nessa perspectiva percebe que a falta de familiaridade dos idosos com recursos tecnológicos se deve muitas vezes a baixa acessibilidade e a falta de incentivo da sociedade aos idosos com esses produtos. Assim, essa problemática deve ser resolvida, a fim de minimizar um analfabetismo digital entre aqueles de idade mais avançada.

Primeiramente, é válido ressaltar que as indústrias tecnológicas não possuem interesse em lançar produtos acessíveis a terceira idade, portanto desencorajam o público mais velho. Isso acontece pois não há pesquisas para entender quais são os principais dificuldades deste público. Deste modo, desenvolvem interfaces focados apenas nos usuários padrões, com uma baixa intuitividade. Assim aumentando o nível de complexidade para os idosos. 

Além disso, um outro fator que é considerado um obstáculo ao processo de aprendizagem a essas tecnologias é a falta de apoio da família e dos amigos aos mais velhos, que não auxiliam os idosos com orientações ao uso corretos dos eletrônicos. Vale lembrar que a Constituição Brasileira de 1988 incumbe à família e ao Estado a necessidade de assegurar o desenvolvimento do idoso. Infelizmente a realidade é outra, a inclusão digital não é uma prática comum da família, por consequência, desestimula os idosos e fazem com que eles julguem que a tecnologia não tem utilidade para eles. Então, se faz necessário a criação de de programas e incentivos devido a carência de apoio ao público idoso.

Levando em consideração esses aspectos, é possível concluir que a falta de acesso às novas tecnologias causam uma limitação na vida dos idosos, medidas devem ser tomadas a fim de reverter a situação. Recai ao Estado por meio do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI) e ao Ministério da Cidadania oferecerem cursos de educação digital e gerar o incentivo para que as empresas desenvolvam interfaces e aplicativos mais intuitivos aos idosos. Por outro lado, a família tem um papel essencial no processo da inclusão tecnológica da terceira idade, por meio de instruções básicas para a utilização dos equipamentos, facilitando assim a inserção dos idosos no meio digital. Desse modo, a tecnologia moverá o mundo, no entanto, de forma igualitária.