A (in) eficiência da política de combate às drogas no Brasil

De acordo com Aristóteles, filósofo grego considerado fundador da filosofia ocidental, “todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer”. Desse modo, é evidente no cenário atual brasileiro, a problemática do uso das drogas entre os indivíduos. Contudo, são diversas as motivações que levam a tal hábito, entre elas a curiosidade. Logo, é destacado não somente a escassa informação acerca do assunto, mas também a negligência por parte das autoridades sobre a questão.
Primordialmente, vale ressaltar que o conhecimento torna o cidadão mais crítico, e , eventualmente, o permite formar opiniões. Sob esse viés, na série ” Euphoria”, lançada no ano de 2019 pela HBO, retrata a vida de Rue, uma adolescente de dezessete anos viciada em drogas que acabará de sair da reabilitação. Fora da ficção, a realidade não é diferente, visto que muitos jovens aderem a essa prática sem a total compreensão das consequências posteriores. Por certo, a ausência de notoriedade e explicações é capaz de gerar dados irreversíveis nos usuários.
Por conseguinte, cabe pontuar que, a inércia governamental a respeito dos entorpecentes contribui para a não modificação desse panorama. Nesse contexto, no livro ” Admirável Mundo Novo”, escrito em 1932 por Aldous Huxley, apresenta uma sociedade controladora que molda as pessoas desde a sua formação, além de distribuir drogas da ” felicidade” a toda população. Em paralelo, apesar de ser um quadro fictício, não se distância da realidade tendo em vista que, os poderes públicos cientes do cenatório brasilense dos narcóticos são ineficientes nos combates de tais. Portanto, é verídico que o domínio Estatal se faz presente na coletividade isenta.
Diante do exposto, é essencial buscar soluções para reverter essa conjuntura. A princípio, é necessário a ação da Gestão Governamental juntamente com o Ministério da Saúde (MS), criarem programas de reabilitação mais completos, fazendo parceria com Ongs e Universidades, por meio de seus pesquisadores e especialistas, a fim de reforçar a ideia da nocividade das tais substâncias. Ademais, é preciso reformular os projetos já existentes aperfeiçoando-os para os novos que serão criados; é fundamental ainda o apoio da família e da escola no que diz respeito a prevenção. Dessa forma, será possível superar a impasse vinda do desejo descrito por Aristóteles.