A importância dos museus para a preservação da memória social

A origem dos museus remete à Grécia Antiga, onde eram realizadas exposições  de artefatos na ágora. Desde esse período, já se compreende a importância que a memória social tem para um povo. Seja no âmbito político ou  filosófico, entende-se que museus representam instituições de intenso valor de coesão para a sociedade e de manutenção e responsabilidade de todos.

A mitologia grega trás consigo uma narrativa relacionada a existência de locais onde fossem expostos itens que representassem estruturas culturais, políticas e sociais, seja de sua época, seja do passado. Esse mito trazia consigo uma relação direta entre a memória e a sabedoria, demonstrando a compreensão de que não é possível tomar boas decisões, seja na vida pessoal ou na esfera pública, sem ter uma consciência clara dos acontecimentos do passado. A necessidade de elaboração de uma narrativa mítica reforça a importância atribuída pelos gregos a ideia de um museu.

Paralelo a isso, tem-se que, atualmente, alguns países compreendem o potencial que museus tem para relembrar os acontecimentos (bons ou ruins) que acometeram sua população. Por exemplo, o Museu de Munique, na Alemanha, cita os horrores praticados pela nação no período da Segunda Guerra Mundial. Esse fato, além de trazer à memória dos alemães o horrendo retrato da Segunda Guerra, representa um compromisso que o próprio Estado, enquanto tal, assume, perante a população, de nunca mais praticar tais atos.

Portanto, é necessário reforçar na população a necessidade da manutenção de museus. Através de parcerias público-privado de incentivo a cultura ligados a educação, o Estado pode organizar eventos, mostras ou passeios com o intuito de familiarizar os alunos ao conceito e ambiente de um museu, fazendo com que estes percebam progressivamente a importância de rememorar a sua história, desenvolvendo um maior grau de sua consciência enquanto povo.