A importância dos museus para a preservação da memória social

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O famoso Aristóteles, filósofo da Antiguidade Clássica, considerava o conhecimento, a cultura e a sabedoria como as bases da essência humana, necessárias para separar-nos dos animais. Consoante a isso, convém ressaltar a relevância dos museus para o fornecimento de informações sobre a Humanidade. O incêndio no Museu Nacional do Brasil, por exemplo, resultou na perda de Luzia, o fóssil mais antigo encontrado no continente americano, que oferecia inúmeras reflexões sobre os contextos antropológicos do passado.

No livro “Escravidão”, de Laurentino Gomes, o autor retrata o processo de aculturação dos povos indígenas e africanos pelos colonizadores, por meio do genocídio em massa e o impedimento de manifestações culturais não-europeias. Nesse viés, infere-se que as origens brasileiras são compostas pela negligência com a própria cultura e história. Paralelo a isso, os museus mostram-se essenciais na manutenção da identidade nacional, haja vista que seus artefatos, documentos e coleções, podem não somente representar o passado do país, mas também influir no presente.

Cabe mencionar, outrossim, o movimento modernista dos anos 20, em que diversos artistas brasileiros objetivavam livrar o Brasil da dependência artística com a Europa, além de lutarem para a criação de uma unidade cultural. Em vista disso, é impossível desprezar o papel do museu na perpetuação da individualidade de uma nação, com o oferecimento de um conhecimento improtelável para a formação dos habitantes.

Diante dos fatos supracitados, faz-se necessária a ação do Estado na preservação da memória social por meio dos museus. Em primeiro plano, o Ministério da Educação, em conjunto com escolas públicas e privadas, deverá organizar visitas dos alunos aos museus, acompanhados de professores da área, a fim de informar-lhes sobre os acontecimentos históricos e sua repercussão nos dias hodiernos. Ademais, o Ministério da Cidadania, com o uso de verbas governamentais, deverá investir na manutenção e no cuidado dos museus, com o fito de manter viva a história do Brasil. Por fim, vale citar Sérgio Buarque de Holanda, segundo o qual, “O passado não é prisão. É história,  movimento e transformação”.

 

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2 Correções

  1. OLÁ Giulia!

    Não sei se vc tentou escrever uma redação modelo ENEM. Caso seja, sinto lhe dizer que o seu texto não atende aos moldes exigidos pela prova.
    Primeiramente, queria dizer que o seu texto está muito expositivo e pouco argumentativo, isso decore do fato de vc colocar muitas informações( citações, fatos, livro…) e não relacioná-las com a sua argumentação, ou seja, seu ponto de vista. E outro ponto, vc não apresentou as teses de forma clara, e lembrando que as propostas de redação do ENEM são sempre um problema. Então o ideal seria vc escrever sobre o “Pq dos museus não serem valorizados!” Quais são atitudes que a sociedade e o Governo toman para que os museus não sejam considerados mais tão importantes ? SEMPRE problematize o tema, quando este não vier problematizado.

    INTRODUÇÃO

    Ela ficou perfeita, até vc introduzir “O incêndio no Museu Nacional do Brasil, por exemplo, resultou na perda de Luzia, o fóssil mais antigo encontrado no continente americano, que oferecia inúmeras reflexões sobre os contextos antropológicos do passado.” Vc apresentou um repertório, fez uma analogia dele com o tema e pela ordem pensei que vc introzuria suas teses.No entanto, vc colocou essa informação sobre o incêndio do Museu Nacional ,vc percebe que ela não agrega em nada no seu texto ? Vc simplismente coclocou ela lá e pronto, não fez nenhuma relação entre ela e sua argumentação. Isso afeta tanto a C2 quanto C3, prejudicando a organização do texto.

    DESENVOLVIMENTO 1

    Tente iniciá-lo com um conectivo ( ajuda a ganhar ponti na C4)

    “Nesse viés, infere-se que as origens brasileiras são compostas pela negligência com a própria cultura e história.” Pq ? Qual a relação das origens e a negligência cultural ? percebe que vc não fez um paralelo entre o li

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  2. Olá, tudo bom?
    Note que a minha correção é de acordo com a minha percepção, portanto pode haver alguns erros de analise, estando de acordo vamos lá.
    Primeiro quero expor que a sua redação está muito boa para um padrão descritivo, informativo e jornalístico, mas aos termos ENEM ela não respeita as exigências já que você não abordou os temas em questão de forma a tratá-los como problema social com solução social.
    Nos dois parágrafos argumentativos você fincou bons argumentos com base histórica, muito bom! Mas na minha HUMILDE opinião você poderia encurtar os dados culturais e aumentar as questões sociais para deixar o parágrafo mais rico.
    Mas dependendo do seu objetivo como redação, dou-lhe meus parabéns, quem sabe para bancas de concurso ele caiam como luva, afinal eu também não digito minhas redações aqui nesta comunidade para o padrão ENEM (talvez em parte).

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