A importância do uso de tecnologias no cenário escolar

Segundo o filósofo teórico Albert Einstein, a tecnologia excedeu a nossa humanidade. Em contrapartida, o uso de tecnologias no cenário escolar não funciona de forma eficaz, pois o que deveria ser utilizado para fins elucidativos, usa-se, na maioria das vezes, para lazer em aulas vagas, dificultando assim, o ultrapasso social dito por Einstein. Esse cenário antagônico é fruto tanto dos problemas na gestão governamental, quantos das discrepâncias sociais existentes no país. Diante disso, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade. 

Precipuamente, é fulcral pontuar que a utilização inadequada dos meios tecnológicos nas instituições de ensino deriva da baixa atuação dos setores governamentais, o que concerne à criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Devido à falta de investimentos das autoridades nas escolas públicas do país, tornam esse âmbito pouco atraente e inacessível, ainda mais pelo fato de muitas instituições proibirem a entrada de aparelhos tecnológicos manuais levados por alunos, influenciando o distanciamento dessa massa do ambiente em questão. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente. 

Concomitantemente a isso, é imperativo ressaltar a desigualdade social como promotora do problema. Segundo dados do Censo Escolar, no ano de 2018 38% das escolas de anos iniciais e 20,5% das escolas de anos finais ainda estão desconectadas, portanto, é notória a desproporcional oferta de oportunidades de ensino, aprendizagem e uso tecnológico entres os discentes que constituem instituições públicas e privatizadas. Partindo desse pressuposto, alunos de zona periférica e condições de vida em níveis escassos abandonam os estudos, o que ocorre em virtude da falta de recursos, do desestímulo familiar e da sensação de ser diferente por não possuir um aparelho tecnológico. Tudo isso retarda a resolução desse empecilho, já que a disparidade contribui para a perpetuação desse quadro deletério.  

Assim, o uso da tecnologia dentro da escola é fundamental para garantir que a instituição reflita a realidade social vigente, além de propiciar um ambiente interativo e mais próximo da realidade dos estudantes. Dessarte, necessita-se que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio do Governo juntamente com o MEC – Ministério da Educação -, será revertido na criação de salas de informática com computadores e/ou tablets disponíveis, por meio da inclusão do corpo discente, com o fito da realização de pesquisas educacionais para solucionar as atividades propostas por seus professores. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto nocivo da problemática supracitada e o ultrapasso tecnológico será mais explícito, fazendo jus ao pensamento de Einstein.