A importância do patrimônio cultural para a memória social

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“Um povo sem o conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes”. A frase dita pelo ativista jamaicano Marcus Garvey demonstra a importância do conhecimento do passado como forma de entendimento do presente. Nesse sentido, cabe ressaltar a essencialidade dos patrimônios culturais para a memória social de um país, o que, todavia, no Brasil, ainda esbarra em problemáticas sociais que devem ser, por isso, solucionadas.
Em primeiro lugar, é preciso mencionar a importância desse conhecimento como garantia para o desenvolvimento pleno do atual regime político. George Orwell, em sua obra “1984”, explicita o modo como o controle do passado corrobora para consistência e permanência no poder por um governo totalitário. No livro, o protagonista Winston trabalha no Ministério da Verdade, local onde datas e fatos são modificados a fim de fortalecer o partido político do Grande Irmão. Nota-se. assim, a fundamentalidade do reconhecimento do patrimônio histórico-cultural como ferramenta para o regime democrático.
Em segundo lugar, é preciso destacar o papel da memória social, conquistada a partir dos meios já mencionados, como forma de estabelecer o processo de socialização e de coesão dentro de uma sociedade. Pensadores do século XX, como Gilberto Freire e Sérgio Buarque de Holanda, tentaram caracterizar a nação brasileira para, dentre outros motivos, desenvolver o patriotismo e sua sensação de pertencimento. O primeiro, em seu “Casa-Grande e Senzala”, retorna à cultura colonial a fim de fundamentar sua tese. Observa-se, dessa maneira, o importante papel da memória social.
Fica claro, portanto, a essencialidade do patrimônio cultural como ferramenta que assegura tanto o regime político do país como a memória social também necessária a este. Cabe ao Estado, nesse sentido, junto ao Ministério da Educação, a propagação de campanhas e projetos em ambientes escolares, como palestras e debates, além de publicações na grande mídia, que inspirem a manutenção, ensino e reconhecimento desses patrimônios pela população do país. Assim sendo, espera-se que o pensamento outrora ressaltado por Garvey se faça presente no Brasil atual.

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2 Correções

  1. Texto bem articulado e com apoio com citações de especialistas. Acredito que faltou um pouco de defesa do próprio ponto de vista, principalmente na conclusão.
    Também tive facilidade de saber o assunto da redação, pois o tema estava bem descrito no primeiro parágrafo. A conclusão está bem demarcada, assim como desenvolvimento.

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  2. nota 1 – 160 – demonstra bom domínio da norma padrão, apresentando poucos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita.
    nota 2 – 160 – desenvolve bem o tema proposto,
    nota 3 – 120 – seleciona, organiza e relaciona as informações, fatos opiniões e argumentos de maneira pertinente, mas de maneira pouco consistente em defesa do seu ponto de vista.
    nota 4 – 180 – recebe essa pontuação ao demonstrar domínio dos recursos coesivos, por meio de partes do texto bem articuladas, com poucas inadequações no uso dos recursos coesivos.
    nota 5 – 120 – elabora uma proposta de intervenção relacionada ao tema, porém, pouco articulada à discussão que foi desenvolvida no texto.

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