A importância do acesso à leitura para a formação do cidadão crítico.

Embora a Constituição Federal de 1988 assegure a educação como direito de todos os cidadãos, percebe-se que, na atual realidade brasileira, não há o cumprimento dessa garantia, uma vez que a leitura não se faz presente na vida do cidadão brasileiro. Dessa forma, em razão de uma lacuna educacional e da ineficaz atuação governamental, emerge um problema complexo, que precisa ser revertido.

A priori, é preciso salientar que o falho desempenho educacional é uma causa latente da problemática. De acordo com o filósofo Kant, o ser humano é resultado da educação que recebeu. Sob essa lógica, se há um problema social, há como base uma lacuna educacional. No que tange ao crítico acesso à leitura no Brasil, nota-se uma forte influência dessa causa, uma vez que as escolas não têm cumprimento seus papéis no sentindo de reverter a situação, visto que não fomentam devidamente a leitura no ambiente educativo.

Ademais, outro fator para a configuração do impasse é a ineficaz atuação governamental. De acordo com o escritor Monteiro Lobato, uma nação se faz com homens e livros. Nesse sentido, ao não haver o incentivo e financiamento da leitura por parte das autoridades governamentais brasileiras, deixando de prover locais públicos e gratuitos que proporcionem a população o acesso a livros, evidencia-se a precariedade do sendo crítico dessas pessoas, impedindo a plena evolução da nação.

Logo, uma intervenção faz-se necessária. Para isso, é preciso que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação, financie a construção de bibliotecas em escolas públicas, que contem com uma diversidade e numerosa gama de livros. Outrossim, tais espaços devem permitir o livre acesso da população, garantindo que toda a comunidade usufrua desses ambientes, a fim de que mais pessoas compreendam a importância do hábito da leitura e se tornem cidadãos mais críticos e atuem na construção de um país melhor.