A importância de valorizar a população indígena (redação para prova da PF)

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Das disposições instituídas no artigo 1°, a Constituição de 1988 elenca a pluralidade política como parte integrante de seus fundamentos, de modo a resguardar a ordem social no Brasil. Sob tal prisma, os casos recorrentes de preconceito e de agressão alheia aos povos indígenas ferem esse princípio, revelando a resignação popular quanto ao papel do índio. Portanto, convém analisar a imprescindibilidade de valorizar os aborígenes, seja em virtude do patrimônio histórico e cultura, ou da preservação da biodiversidade nacional.

A princípio, vale frisar que a comunidade nativa constitui uma parcela pertinente da riqueza histórica e cultural brasileira. Isso pois, consoante Confúcio – célebre pensador chinês -, a reflexão acerca de eventos pretéritos permite ao homem moldar o próprio comportamento, para que evite erros reiterados. Diante do exposto, torna-se evidente a necessidade de apreciar a cultura nativa: é portadora de saberes milenares, os quais servem de aprendizagem para a regularização da vida social.

Paralelamente, destaca-se a manutenção da biodiversidade como produto da valorização das tribos indígenas. A esse respeito, o cofundador do “Greenpeace”, Paul Atson, advoga que inteligência é a habilidade de viver em harmonia com outras espécies. À vista disso, é notório que os costumes aborígenes corroboram a preservação da natureza, já que são alicersados no seu respeito.

Destarte, com a pretensão de difundir a valorização do índio no Brasil, cabe ao Ministério da Educação elaborar feiras públicas e periódicas que divulguem a história e a cultura nativa (especialmente com relação aos costumes e alimentação) mediante parceiras com aldeias simpatizantes. Além do mais, os municípios devem adotar técnicas de jardinagem correspondentes às dos índios, via cursos “online” para o pessoal encarregado. Sendo assim, a pluralidade política concretizar-se-á perante a Constituição Cidadã, fazendo jus a posição de fundamento nacional.

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2 Correções

  1. Oii, Artur! Vou corrigir sua redação, se tiver algum erro, você me fala, ta? :)

    -> Na sua introdução está ótima! bem contextualizada, apresentando de forma clara e objetiva sua tese e seus 2 argumentos. O único erro que eu encontrei foi quanto eu uso da conjunção coordenativa alternativa “seja…seja”, pois você escreveu “seja…ou” e isso nunca deve acontecer. Eu usava muito dessa forma com a desculpa de “não repetir a palavra”, mas não tem problema nenhum, pois a “repetição” é a forma correta de escrever a conjunção.

    D1
    -> retire essa vírgula: “comportamento, para que evite” (desnecessária)
    -> repare que boa parte do parágrafo você mais detalhou sobre o pensamento de Confúcio [citação], deixando sua argumentação (que seria a problematização mais apronfudada e detalhada da problemática) de lado. Entre a citação e a tese de fechamento, deve vir sua afirmação.
    -> corrigindo meu amigo Julio, nesse caso, a vírgula é necessária, apenas coincidiu com o uso do traço, pois a esta está marcando o aposto.

    D2
    -> não encontrei desvios, se tem, apenas um professor para identifica-los mais detalhadamente. Porém, acredito que alguns corretores possam achar seu parágrafo meio “superficial”, pelo mesmo motivo do D1, você está pulando a parte da problematização e finalizando logo com sua opinião, sem abordar causas/consequencias/particularidades e afins. Todavia, >eu retire a crase: “correspondentes às dos índios” (crase não precede preposições)
    -> coloque crase: ” jus a posição” (posição; palavra feminina admitindo uma preposição, troque por “ao + palavra masculina”
    -> o período “Sendo assim, a pluralidade política concretizar-se-á perante a Constituição Cidadã, fazendo jus a posição de fundamento nacional.” não é finalidade, é apenas o fechamento do parágrafo, cuidado
    -> corrigindo novamente o colega, o meio/modo é definido pelo uso de “por meio/intermédio de”, você utilizou “mediante” que é sinônimo, então, seu meio/modo ficou claramente explícito em: “mediante parceiras com aldeias simpatizantes”
    -> mas, assim como Julio, não encontrei a finalidade (procure fazer apenas 1 proposta mas de forma completa)

    C1: 160
    C2: 200
    C3: 160
    C4: 200
    C5: 160
    = 880 [representativa de acordo com as competências do ENEM]

    Artur, seu texto está ótimo, você escreve super bem. Não se atente à nota, provavelmente os criterios avaliados sejam outros, foque mais nas dicas. Boa sorte na sua prova, vai dar certo!! Foco nos estudos que você alcança tudo. Abraços :)

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  2. Competência 1 – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa: 160 pontos.

    Competência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa: 200 pontos.

    Competência 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista: 160 pontos.

    Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos necessários para a construção da argumentação: 200 pontos.

    Competência 5 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos: 160 pontos.

    Nota em acordo com as competências do ENEM: 880 pontos.

    Comentários – introdução:
    Ótima divisão do parágrafo em contexto, apresentação do tema e tese. Sua linguagem é formal e convida o leitor a continuar a leitura do seu texto. Relação do repertório sociocultural muito bem construída e teses explícitas.

    Comentários – desenvolvimentos 1 e 2.
    No D1: Argumentação bem elaborada e relacionada com o seu repertório, o que faz perceber a autoria do seu texto. Há um erro de vírgula após o traço médio, não é necessário colocar ela (afeta na C-01).
    No D2: Seria válido detalhar o que seria o grupo “Greenpeace”, pois nem todos podem conhecer ele (como eu, por exemplo, ou seu corretor). Acredito que você poderia relacionar e interpretar melhor esse repertório com o seu argumento, pois diferentemente do D1, nesse parágrafo a relação entre esses dois elementos ficou um pouco vaga (afeta na C-03).

    Comentários – proposta de intervenção:
    Há um erro de regência com o uso da crase no trecho “[…] técnicas de jardinagem correspondentes às dos índios […]” (afeta na C-01); você opta por construir 2 propostas, ambas estão sem a finalidade (para quê) e o detalhamento do modo pelo qual a ação será realizada (afeta na C-05). Bom fechamento com a retomada do contexto apresentado na introdução.

    Se gostou, marca como a melhor correção” ;)
    Bons estudos!

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