A importância de combater o consumo precoce de drogas entre os adolescentes

No seriado juvenil “Euforia” é representada a vida de Rue, uma adolescente viciada em drogas que, após  uma overdose e internação, precisa voltar à escola e se manter livre dos entorpecentes. Fora da ficção, casos como o de Rue tornaram-se comuns, evidenciando a necessidade de combate ao consumo de drogas entre os adolescentes. Dessa forma, a curiosidade em viver experiências novas e a facilidade de acesso às drogas acentuam a problemática.
Em primeira análise, vale salientar que a impulsividade e curiosidade dos adolescentes na fase de crescimento, além de situações comuns à esse período, aumentam o desejo de experimentar produtos ilícitos. Atrelado a isso, conflitos familiares e a busca por fugir da realidade, tornam-se fatores relevantes para a familiarização com os alucinógenos.
Assim, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 70% dos jovens entre 13 e 15 anos já experimentaram algum tipo de bebida alcoólica. Não obstante, o uso precoce de drogas pode acarretar consequências futuras graves, como a dependência, transtornos psicológicos e vulnerabilidade social.
Outrossim, é inegável que o acesso fácil e rápido aos entorpecentes auxiliam no agravamento do problema. De acordo com dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), os jovens conseguem drogas facilmente com amigos, em festas e nas próprias instituições acadêmicas. Além disso, tem sido muito frequente o contato com químicos no ambiente doméstico, já que produtos de limpeza podem ser utilizados na fabricação das drogas. Consequentemente, por ser acessível e de baixo custo o consumo torna-se amplo.
Sob esse viés, é inegável que o desejo de experimentar e a acessibilidade às drogas são as principais causas do consumo cada vez mais prematuro. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação inserir um plano de aulas sobre os entorpecentes onde os alunos terão acesso à informação sobre todas as drogas e as consequências do uso prematuro e descontrolado, para que entendam que esses produtos possuem malefícios graves. Ademais, a fiscalização de pontos onde são vendidas as substâncias lícitas, pelo Ministério Público, impedirão que as leis que criminalizam as vendas de droga para menores sejam burladas. Impedindo assim, que casos como o de Rue tornaram-se uma realidade recorrente.