A importância da inclusão dos autistas na sociedade brasileira

Observa-se que não tem sido dada a devida importância à inclusão dos autistas na sociedade brasileira. Isso ocorre devido a negligência governamental e o silenciamento midiático; fatos que culminam em preocupantes adversidades. Desse modo, é imprescindível refletir e intervir em tais problemáticas em prol da plena harmonia social.

Efetivamente, vale destacar que a Constituição Federal de 1988 foi elaborada com o intuito de bem-estar para todos, sem estigmas ou quaisquer formas de discriminações. Entretanto, o poder público não cumpre o seu papel enquanto agente fornecedor de direitos mínimos, visto que os autistas enfrentam grandes dificuldades em conquistar seus espaços sem que haja preconceitos. Faz-se mister, ainda, salientar que essa minoria fica à margem da sociedade por dificuldades de atenção, comunicação e interação social. Dito isso, percebe-se que essa inaceitável questão de vulnerabilidade configura-se não só como um desrespeito colossal, mas também uma trivialização de direitos básicos.

Outrossim, segundo o filósofo Pierre Bourdieu, o que foi criado para ser de instrumento democrático não deve ser convertido em mecanismo de opressão. Nesse viés, é evidente que a mídia, em vez de promover debates sobre a importância da inclusão dos autistas na sociedade brasileira, infelizmente, atua no silenciamento do assunto, ao não apresentar programas que instiguem o conhecimento da sociedade acerca do assunto, o que não só dificulta o problema em questão, como também contribui para que ele continue atuando fortemente no canário atual. Isso confirma o elucidado por Bourdieu, em que a mídia, de instrumento democrático, passa a ser de opressão.

Portanto, mesmo sendo imprescindível, a inclusão dos autistas na sociedade brasileira não tem atingido resultados. Logo, urge que o Ministério da Educação, em parceria com plataformas de “streaming” – principais formadoras de opinião – efetive a melhoria na educação de base, que vise a inclusão de alunos autistas e a criação de entretenimentos mais educativos, que elucidem a população sobre essa minoria. Isso seria efetivado por meio do treinamento de professores e programas televisivos, eliminando assim, gradativamente, a negligência governamental e o silenciamento midiático.