A importância da educação socioemocional no contexto brasileiro

Segundo o filósofo grego Aristóteles, educar a mente sem educar o coração, não é educação. Partindo dessa ideia, pode-se observar que na grande maioria das escolas brasileiras não há uma educação “completa’, pois são implantadas apenas matérias relacionadas ao estudo lógico, deixando de lado a parte emocional dos estudantes. Tendo em vista que uma educação socioemocional é de fundamental importância para o pleno aprendizado, faz-se essencial a análise dos benefícios trazidos pela absorção das habilidades referentes a essa metódica.

Em primeiro plano, é de fundamental importância a observação do autoconhecimento como fator de suma relevância para a formação de um indivíduo. Esse aspecto é comprovado no filme “O extraordinário”, onde o personagem principal sofre bullying por não ter uma aperência muito comum, o que lhe dá uma sensação de tristeza e incapacidade. Contudo, a partir do momento em que ele reconhece o próprio valor, além do visual, com a ajuda de sua mãe, o garoto passa a ter uma melhor relação com os colegas de escola e com si mesmo. Tal cenário não se distancia muito da realidade, onde diversas pessoas são tão inferiorizadas a ponto de não enxergarem as próprias virtudes, necessitando de alguém que lhes ajude a desenvolver essa autoconfiança.

Em segundo plano, é valido observar o conhecimento social como fator cruscial para o desenvolvimento da empatia e das boas relações entre os seres. Esse ponto é o enredo principal que norteia o anime “A voz do silêncio”, o qual uma garota é deficiente auditiva e, por isso, sofre constantes ataques por parte de um colega de turma em específico. O mesmo acaba se sentindo culpado e, em função disso, procura a jovem, buscando entender a fundo suas dificuldades e sonhos, o que acaba tornando a sua própria vida mais leve e com melhores relações interpessoais. Assim como na produção cinematográfica, a realidade social brasileira suplica por mais compreensão e respeito para com o outro, visando um convívio saudável.

Dessa forma, é de excepcional urgência que o Ministério da Educação exija a capacitação dos pedagogos para que haja o ensino da educação socioemocional, afim de ajudar crianças e jovens da educação infantil ao ensino médio a desenvolverem competências nessa área. Tal atidude leva a uma convivência social agradável e a melhoria da percepção do indivíduo sobre si. Nesse contexto, a família também deve instruir as crianças desde a primeira infância á manterem uma boa interação com os outros, por meio atividades lúdicas e de fácil entendimento. Isto posto, a didática escolar se tornará completa, assim como propôs Aristóteles.