A Importância da educação sexual no Brasil

O filósofo brasileiro Raimundo Teixeira adaptou, em 1889, o lema “Ordem e Progresso” não apenas na bandeira nacional, mas também para a sociedade. No entanto, em um âmbito social que há obstáculos na inserção de uma educação sexual, nota-se o contrário de uma noção em evolução. Nesse sentido, tal problemática é causada, devido à pouca abordagem do tema e à ineficácia institucional.

Diante desse cenário, é importante abordar o “tabu” acerca da temática como um fator agravante do problema. Infelizmente, assuntos que envolvem a sexualidade costumam ser alvos de preconceitos por parte da população adulta, na qual há a crença de que, ao abordar tais informações em ambientes que contém jovens, é promovido o incentivo às práticas sexuais precocemente. Porém, é um estigma equivocado por parte dos indivíduos, pois o principal objetivo da democratização aos conhecimentos sexuais é auxiliar crianças e adolescentes a lidarem com as mudanças corporais e hormonais que, desde a infância até a fase adulta, os corpos irão sofrer. Entretanto, a grande maioria dos brasileiros não possui o conhecimento necessário para entender os benefícios que, a partir do momento que conseguem lidar com os hormônios, são proporcionados à nova geração. Consequentemente, os jovens se encontram sem amparo social no que tange às mudanças no corpo humano.

Ademais, a inércia das escolas tem contribuído diretamente para a permanência deste empecilho em território nacional. Qual a melhor maneira de evitar a gravidez precoce ou a propagação de doenças sexualmente transmissíveis(DSTs)? Quais são as principais alterações decorrentes da puberdade? Lamentavelmente, as instituições de ensino estimulam, durante a formação do cidadão, o aluno a decorar cada elemento da tabela periódica, mas não é citado, de maneira aprofundada, que a utilização correta de preservativos é um dos principais fatores que auxiliam na prevenção de DSTs e na gravidez antecipada. Além disso, mudanças como a menstruação, no caso das meninas, e uma maior produção de hormônios como a testosterona, no caso dos meninos, não são pré-ensinadas no período escolar. Sendo assim, o jovem enfrenta as evoluções do corpo sozinho e, frequentemente, de maneira incorreta.

Desse modo, graças ao estigma estabelecido pelos cidadãos e à falha escolar, a educação sexual enfrenta desafios para a sua promoção no país e é preciso que haja intervenções. Portanto, faz-se necessário ao Poder Executivo, com auxílio do Ministério da Educação, a fim de proporcionar às crianças e adolescentes um maior conhecimento da biologia do corpo humano, por meio da inserção de matérias relacionadas à educação sexual básica nas grades curriculares das escolas nacionais, reverter a situação atual. Outrossim, cabe às instituições de ensino promover palestras sobre os riscos de lidar de maneira inadequada com as modificações biológicas. Medidas assim possuem o objetivo comum de estabelecer o progresso nacional.