“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. A frase da filósofa francesa Simone de Beauvoir explicita a ideia de identidade de gênero e de papéis de gênero: de acordo com o sexo biológico da pessoa, espera-se que esta apresente determinados comportamentos ao longo de sua vida. Esse conceito, contudo, esbarra em visões binárias construídas sob o patriarcalismo, as quais originam e fazem persistir a desigualdade entre homens, mulheres, transsexuais e outros. Nota-se, por isso, a importância de se discutir tais aspectos e de reparar os fatores sociais que impedem tal igualdade.
Em primeiro lugar, é válido analisar a formação dos papéis de gênero no decurso da história a fim de estabelecer medidas funcionais para essa equiparação. A formação das sociedades distingue as funções masculinas e femininas, as quais, até então, não eram hierarquizadas nas tribos coletivistas. Essa verticalidade de tarefas influi, inevitavelmente, na manutenção de poder pela classe que a domina. Observar-se, porém, não ser tal relação necessária, como aponta os estudos de Mead, nos quais esses papéis são invertidos em outras comunidades que não sob influência Ocidental.
Outro fator importante à discussão é a exposição de variáveis que diferenciem os movimentos feministas e LGBTQIA+ (visto serem esses os principais, porém não únicos, movimentos que confrontam essa desigualdade) quando se analisa países centrais e periféricos. A luta contra a violência simbólica, por exemplo, não consegue ser tão eficiente em países nos quais os índices de feminicídio são enormes, como os do Brasil. Nota-se, assim, a importância em se qualificar práticas de combate eficazes dados os aspectos únicos de cada Estado.
Por fim, considerando-se, sob o viés estruturalista, ser essa desigualdade derivada das relações de poder, reafirma-se a tese de combate às práticas sociais que a perpetuem a fim de tornar real a igualdade buscada pelos movimentos sociais citados. Para isso, espera-se a colaboração entre o âmbito público e privado para a divulgação de campanhas em veículos midiáticos que comuniquem ao todo da população. Espera-se, ainda, essa divulgação em ambientes escolares, a partir da inserção da educação de gênero, a fim de coibir a perpetuação dessa inequidade.
A igualdade de gêneros em discussão no século XXl
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JenifferNeves
incrivel, super informativo!
Achei interessante a forma que você enfatizou que, cada que devemos nos qualificar nas práticas de combate de acordo à necessidade de cada Estado!
seria interessante você falar um pouco mais sobre como é importante que o estudo de gênero seja incrementado na educação!
lah
Erro de ortografia no último parágrafo em ´´comuniquem ao todo da população´´ ,redação bem estruturada e argumentada. Domínio da língua formal escrita (150 pontos) , compreender o tema e não fugir do que é proposta (200 pontos) , coesão e riqueza em em dados de forma organizada(200 pontos) , argumentação (200 pontos) e repeito aos direitos humanos (200 pontos) = 950 pontos