A guerra contra as drogas no Brasil

A Constituição Federal de 1988 garante a todos indivíduos o direito à vida, liberdade e bem estar social. No entanto, a guerra contra as drogas impede que tais garantias sejam usufruídas, tornando-se um desafio a ser enfrentado organizadamente no Brasil. Sob esse viés, convém analisar tal problema, intrinsecamente relacionado a aspectos como o aumento de homicídios e lotação presidiária.

A princípio, no livro reportagem “Rio Sem Lei”, dos jornalistas brasileiros Hudson Corrêa e Diana Brito, há a abordagem de um quadro devastador de mortes ocasionadas pelo confronto contra o tráfico de entorpecentes. Hodiernamente, tal conjuntura persiste afetando pessoas inocentes, as quais têm que conviverem em um âmbito violento, com medo de realizarem suas rotinas, como ir trabalhar ou estudar. Depreende-se, pois, que mesmo sendo um país democrático, as prerrogativas essenciais ao ser humano estão constatadas só na teoria e não realmente na prática.

Outrossim, segundo dados do sistema de informações do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em 2016, 352,6 pessoas foram encarceradas para cada 100 mil habitantes. Isso reflete que o conflito em combate os alucinógenos acarreta a superlotação dos presídios, o que prejudica principalmente os jovens, os quais têm mais chances de serem reincidentes de delitos. Nessa ótica, percebe-se que a ação governamental está sendo prejudicial aos cidadãos, necessitando ser melhorada.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para amenizar esse impasse. O Governo deve criar, por meio do direcionamento das verbas pagas cidadãos, centros de apoio, principalmente nas áreas marginalizadas, com acompanhamento psicológico e campanhas, com o fito de ajudar os indivíduos já dependentes e evidenciar aos não usuários os malefícios das drogas para saúde. Espera-se,com isso, que todos usufruam dos seus direitos constitucionais, culminando em uma sociedade mais justa e igualitária.