A glamourização do consumo exagerado de álcool e a falta de conhecimento sobre as consequências do alcoolismo

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool aumentou mais de 43% no Brasil nos últimos 10 anos. Esse número demonstra que o problema de alcoolismo está presente de forma complexa na realidade brasileira. Nesse sentido, é necessário que estratégias sejam aplicadas para alterar essa situação, que possui como causas a má influência da mídia e a falta de debate.

Deve-se pontuar, de início, que a má influência da mídia configura-se como um grave empecilho no que diz respeito à glamourização do consumo exagerado de álcool. Percebe-se que, os jovens ao estarem em contato com as altas notícias que mostram que pessoas em um elevado padrão de vida consomem álcool como forma de “curtição” e sem considerar limites, eles se vêem na obrigação de vivenciarem o mesmo. Sendo assim, não pensam nas possíveis consequências.

Além disso, outra dificuldade enfrentada é a questão da falta de debate sobre o consumo de álcool, e as consequências na vida quem se torna dependente de tal substância. Nesse sentido, o filósofo alemão Habermas traz uma contribuição relevante ao defender que a linguagem é uma verdadeira forma de ação. Desse modo, para que um problema como o do alcoolismo seja resolvido, visto que ainda é muito silenciada, faz-se necessário debater sobre, afim de aumentar a chance de atuação nele.

Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Como solução, as escolas devem promover rodas de conversas e debates sobre o consumo de álcool e suas possíveis consequências. Tais eventos podem ocorrer no período extraclasse, contando com a presença de professores e profissionais da saúde. Os resultados podem ser levados a comunidade através de projetos extensivos, e ainda, publicações conscientizadoras nas redes sociais. A fim de que mais pessoas compreendam que o consumo exagerado de álcool é algo grave e que traz diversas consequências ruins ao indivíduo.