A gametização como impulsionadora da escolarização

De acordo com o Artigo 1° da Declaração Universal dos Direiros Humanos: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”. Contudo, no Brasil, o direito à educação tem encontrado dificuldades quanto à sua universalização, visto que a escassez da gameficação nas escolas impulsiona esse problema. Dessa forma, pode-se perceber que não só está presente a negligência governamental, como também é vigente a despreparação de professores para lidar com a gameficação escolar.

A princípio, é válido ressaltar a notória insuficiência de medidas governamentais para combater a escassez da gameficação escolar. Nesse sentido, pode-se perceber essa adversidade nas desigualdades sociais encontradas no Brasil. Nesse âmbito, escolas que têm maiores investimentos na gameficação ganham um maior desenvolvimento escolar quanto à inclusão dinamizada do aluno às aulas, deixando assim, que as escolas sem esses investimentos tenham um menor progresso educacional. Essa problemática, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, se configura como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a educação, o que infelizmente é evidente no país.

Ademais, é fundamental apontar a despreparação dos professores como impulsionadora da escassez da gameficação escolar. Segundo o ex-líder sul africano Nelson Mandela: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Desse modo, a gameficação escolar é fundamental nesse processo, pois ela estimula o aluno a ser mais participativo nas aulas e faz com que eles criem gosto pelo estudo, o que pode acabar diminuindo a evasão escolar. Portanto, a baixa preparação dos professores quanto à gameficação – o que é relevante no país – acaba impedindo esse processo. Assim, é inaceitável que o cenário dos problemas mencionados continue a persistir.

Logo, é necessário combater esses obstáculos. Para isso, é mister que o Ministério da Educação em conjunto com o Governo Federal, por meio de verbas educacionais, invista a gameficação ao máximo em escolas brasileiras – principalmente às de maior desigualdade social -, ao passo que se capacite professores qualificados nesse âmbito, a fim de impulsionar a escolarização e garantir a educação à toda população. Assim, se consolidará uma sociedade mais justa, onde o Estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.