A fome no Brasil

A constituição federal de 1988 prevê em seu artigo 6°, o direito a alimentação como essencial a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal direito não tem se repercutido com ênfase na prática quando se observa o extremo número de famílias passando fome no Brasil, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, vale afirmar que não só o crescente desemprego, mas também o aumento de preço dos alimentos favorecem esse quadro.

 

Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas para combater esse problema. É notório que o desemprego aumentou muito a partir do ano de 2020 devido a pandemia, já que muitos estabelecimentos tiveram que fechar por conta do isolamento. Segundo a Revista de Nutrição, no mês de outubro de 2020 havia 485 mil famílias em situação de extrema pobreza por conta do desemprego, o que, com certeza, é um grande colaborador para a fome no país.

 

Ademais, é fundamental apontar o aumento do preço dos alimentos como impulsionador da má alimentação no Brasil. De acordo com uma reportagem do Fantástico, na cidade de Cuiabá, os moradores estavam formando filas em distribuição de ossos e restos de carnes de um determinado açougue, que, cujo o dono informou que isso nunca tinha acontecido com tamanha frequência antes. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

 

Depreende-se portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. A fim de extinguir a fome no Brasil, cabe ao Governo Federal entrar com um projeto de lei no Congresso Nacional que solicita maior liberamento de verba para que possa aumentar o valor do Auxílio Brasil para as famílias com condição financeira precária consigam comprar alimentos de qualidade. Assim, se consolidará uma sociedade permeada pela efetivação dos elementos dispostos na magna carta.