A família contemporânea e a sua representação em questão no Brasil

O mito da caverna, de Platão, descreve a situação de pessoas que se recusavam a observar a verdade em virtude do medo de sair de sua zona de conforto. Fora da alusão, a realidade brasileira caracteriza-se com a mesma problemática no que diz respeito à família contemporânea e sua representação, visto que observa -se uma falta de consciência do que seja um laço familiar e suas diversas composições. Dessa forma, são necessárias estratégias a serem aplicadas para alterar essa situação, que possui como causa a falta de debate e a falta de responsabilidade governamental.

A família, que é uma instituição socializadora, independente de sua formação, é quem está ao lado do indivíduo, e é seu primeiro contato social desde a infância. Sendo assim, a formação do laço familiar é algo mutável, entretanto, há uma necessidade de modificar a visão que tem como padrão o modelo tradicional, o qual diversas vezes leva a intolerância para com o que é diferente.

Deve-se pontuar, que a falta de debate também configura-se como um grave empecilho no que diz respeito à família contemporânea. Nesse sentido, Habermas trás uma contribuição relevante ao defender que a linguagem é uma verdadeira forma de ação. Dessa forma, para resolver tal problema, faz-se necessário debater sobre. No entanto, percebe-se uma lacuna no que se refere à essa questão, que ainda é muito silenciada. Assim, trazer à pauta esse tema e debatê-lo aumentaria a chance de atuação nele, diminuindo o preconceito existente.

Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Como solução, as escolas, com auxílio do governo, devem promover um espaço para rodas de conversa e debates sobre as diversas composições familiares. Tais eventos podem acontecer no período extraclasse, e ainda com projetos também voltados a comunidade, para que assim, mais pessoas possam entender sobre as diferentes formações familiares.