A família contemporânea e a sua representação em questão no Brasil

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As definições sobre o conceito de família refletem momentos sociais distintos. Por ser, então, uma concepção secular, essa perspectiva de pertencimento muda durante o transcorrer da história, sendo uma para as tribos nômades e coletivistas, outra para as sociedades construídas durante a Era Comum e outra para as sociedades burguesas atuais. Desse modo, a necessidade de representação das diversas constituições familiares no Brasil hodierno se faz importante. São precisas, portanto, medidas que busquem a resolução dos fatores político-sociais que impeçam esse desenvolvimento.
Em primeiro lugar, é válido ressaltar o papel das construções ideológicas, tanto raciais quanto de gênero, nessa problemática. Os estudos de Margaret Mead, antropóloga americana, demonstram, no sentido de ressaltar o caráter secular das perspectivas de gêneros e de famílias, a estruturação dessas composições em três tribos nativas da Nova Guiné. Dentre as três, uma apresentava funções familiares similares as da sociedade ocidental, outra funções inversas e a última funções divididas entre os diferentes sexos. Essas pesquisas revelam, assim, que a representação do familiar é social, sendo tais estudos difundidos, também, dentro da temática racial.
Em segundo momento, outro aspecto que dificulta esse processo de representação são os atuais movimentos ultra-direitistas que negam o direito de constituição familiar àqueles que destoem do padrão imposto. Esses movimentos são, em sua maioria, apoiados, na sociedade brasileira, por preceitos cristãos dado o papel fundamental da Igreja na construção do país. Além disso, outro obstáculo é a representação desses ideias dentro do legislativo nacional (ou mesmo, executivo), simbolizados pela bancada evangélica no Congresso Nacional, por exemplo.
Reafirma-se, portanto, a tese de que a representação das diversas constituições familiares, por serem concepções seculares, necessita de atenção do poder público. Nesse sentido, cabe ao Estado, especialmente o Ministério da Educação, junto à órgãos privados, a divulgação de campanhas e palestras sobre o tema em mídias sociais e também em ambiente escolar, a fim de promover maior representação e aceitação dessas formas de famílias contemporâneas.

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1 Correção

  1. Competência 1: demonstra bom domínio da modalidade, com poucos desvios gramaticais. 160
    Competência 2: Desenvolveu por meio de argumentações previsíveis com domínio mediano sobre o tema, apresentando proposição, argumentação e conclusão. 120
    Competência 3: apresenta infrações e fatos sobre o tema, de maneira organizada, com autoria em defesa de um ponto de vista. 160
    Competência 4: Articula as partes do texto, de forma mediana, com inadequações e respiratório pouco diversificado. 120
    Competência 5: Elabora bem a a proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. 160
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