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A falta de garantias na proteção da criança e do adolescente na sociedade brasileira

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A Constituição Cidadã de 1988, documento de maior hierarquia jurídico-social do nosso país, visa garantir a todos brasileiros acesso à saúde, educação e segurança. Entretanto, observamos o não cumprimento dessas garantias constitucionais quando o assunto é proteção à criança e adolescente na sociedade brasileira. Logo, podemos elencar como principais causas do problema: a inércia governamental e o racismo estrutual.

De início, é imprescindível ressaltar a desassistência do Poder Público como fator agravante do diminuto reconhecimento social em questão. A partir da perspectiva citada, o escritor Gilberto Dimenstein em seu livro “Cidadão de Papel”, aponta que os direitos dos cidadãos estão apenas no papel, ficando distantes na prática. Por consequência, podemos notar falhas na proteção da criança e do adolescente em nossa nação, em virtude, principalmente, da falta de leis que garantam o acolhimento desse grupo vulnerável, pois é crescente o número de casos de abuso sexual e psicológico, além de ocorrências crescentes de trabalho infantil. Logo, há um aumento considerável na insegurança desse corpo social.

Ademais, cabe ressaltar o racismo estrutural como fator agravante dessa mazela social. Nesse contexto, a ilustre filósofa brasileira Djamila Ribeiro, defende que, para atuar em uma situação, deve-se antes de tudo, tira-la da invisibilidade. Nessa mesma lógica, ponderamos que grupos sociais de cor predominantemente pretas e vulneráveis  financeiramente são invisíveis aos olhos do Estado, por consequência, são locais onde crianças e adolescentes tem menos garantias de proteção. Adicionalmente, regiões periféricas são propensas ao trabalho infantil, devido à falta de incentivo educacional, cultural e financeiro. Portanto, a ausência de mudanças estruturais nessas regiões fomentam a inércia da situação.
Portanto, torna-se primordial mitigar a falta de garantias de proteção a esse escopo social. Para isso, o Governo Federal, como Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, deve criar leis que maximize a fiscalização militar em locais vulneráveis a fim de garantir a proteção dessa população infanto-juvenil. Além disso, os Ministérios da Educação e da Cultura devem unir-se com o objetivo de produzir campanhas em periferias que estimulem a inserção educacional e o engajamento cultural. Desse modo, observaremos a realidade mais próxima da descrita na Carta Magna.

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8 Correções

  1. Redação competente, organizada e coesa. Competências que eu descontaria 40 pontos: C1 (norma-padrão) e C4 (uso de conectivos argumentativos).
    A última frase do desenvolvimento 1, por exemplo, antes do “É crescente” eu acrescentaria um “Nesse sentido” e “Nesse panorama”.
    Embora a proposta de intervenção não esteja longa e detalhada (não é um problema desde que bem executada), ela está coesa e os cinco elementos estão presentes.
    Assim, acredito no potencial da sua escrita e acredito que sua redação está bem coerente com o tema! Parabéns!

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  2. ### Competência 1: **Domínio da norma culta da língua portuguesa**
    Avalia o domínio da gramática, ortografia, acentuação, concordância e regência.

    **Pontuação: 200/200**
    – O texto utiliza a norma culta adequadamente, com boa precisão gramatical, ortográfica e de pontuação. Não apresenta desvios significativos que comprometam a compreensão, cumprindo plenamente a competência.

    ### Competência 2: **Compreensão do tema e desenvolvimento do conteúdo**
    Avalia se o texto aborda o tema de forma adequada, com argumentos pertinentes e consistentes.

    **Pontuação: 200/200**
    – O texto compreende plenamente o tema da falta de proteção às crianças e adolescentes no Brasil e apresenta uma abordagem coerente. São citadas causas claras (inércia governamental e racismo estrutural), com argumentos e referências a autores (Gilberto Dimenstein e Djamila Ribeiro) que fortalecem a discussão e demonstram conhecimento do tema.

    ### Competência 3: **Seleção e organização das informações**
    Avalia a organização do texto e a construção de um projeto de texto claro, articulando ideias em parágrafos bem estruturados.

    **Pontuação: 180/200**
    – O texto é bem organizado, com introdução, desenvolvimento e conclusão. As ideias são expostas de forma clara e ordenada, mas pode-se considerar um ajuste para tornar algumas transições entre os parágrafos ainda mais coesas e suaves. Em geral, a estrutura atende ao que se espera de uma redação do ENEM.

    ### Competência 4: **Construção da argumentação**
    Avalia o uso de repertório sociocultural produtivo e a capacidade de argumentar de forma crítica.

    **Pontuação: 200/200**
    – O texto utiliza um repertório sociocultural consistente e pertinente ao tema, com referências bem embasadas. O uso de citações de Gilberto Dimenstein e Djamila Ribeiro enriquece o texto, demonstrando capacidade de argumentar e de aplicar conhecimentos contextuais de forma crítica.

    ### Competência 5: **Proposta de intervenção**
    Avalia se a proposta de intervenção é detalhada, respeitando os direitos humanos e considerando meios viáveis de implementação.

    **Pontuação: 160/200**
    – A proposta de intervenção é coerente, mas poderia ter sido um pouco mais detalhada em relação aos agentes envolvidos, ao modo de implementação e aos possíveis efeitos de cada medida. Sugestões como criação de leis e campanhas de incentivo são pertinentes, mas poderiam ter um desenvolvimento mais específico para atingir a pontuação máxima.

    ### **Pontuação Final Estimada**: **940/1000**

    Essa redação está bem estruturada e argumentada, mostrando domínio do tema e da linguagem. Com alguns ajustes na competência 3 (transição e coesão entre parágrafos) e uma intervenção um pouco mais detalhada na competência 5, a redação poderia facilmente atingir a pontuação máxima.

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  3. Redação bem redigida e organizada, tratando da defesa da criança e do adolescente na sociedade.
    Em acrescento ao bom comentário do colega Allan, um texto dissertativo argumentativo é marcado pela impessoalidade, conforme defende o autor Fernando pestana em seu livro “A Gramática para Concursos Públicos”, veja um trecho de sua obra:

    “• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modalizações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.”

    Dessa forma, recomento que evite utilizar de verbos na primeira pessoa (tanto do singular quanto plural), exceto em citações literais, para maior adequação ao tipo de texto que está sendo redigido por você.

    Formas de conjugações recomendadas:

    Acredita-se que
    Segundo especialistas
    É importante ressaltar
    Observa-se que
    Conclui-se que
    Evidencia-se que
    Argumenta-se que

    Para mais informações: https://falaminhalingua.com/wp-content/uploads/2018/08/a-gramatica-para-concursos-fernando-pestana.pdf

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  4. Vou corrigir sua redação com base nos critérios do Enem e sugerir ajustes que podem melhorar cada competência.

    Texto Corrigido com Sugestões e Notas por Competência

    A falta de garantias na proteção da criança e do adolescente na sociedade brasileira

    A Constituição Cidadã de 1988, documento de maior hierarquia jurídico-social do nosso país, visa garantir a todos os brasileiros acesso à saúde, educação e segurança. Entretanto, observamos o não cumprimento dessas garantias constitucionais quando o assunto é a proteção à criança e ao adolescente na sociedade brasileira. Logo, podemos elencar como principais causas do problema a inércia governamental e o racismo estrutural.

    De início, é imprescindível ressaltar a desassistência do Poder Público como fator agravante do diminuto reconhecimento social em questão. A partir dessa perspectiva, o escritor Gilberto Dimenstein, em seu livro Cidadão de Papel, aponta que os direitos dos cidadãos estão apenas no papel, ficando distantes na prática. Como consequência, notamos falhas na proteção da criança e do adolescente em nossa nação, principalmente pela falta de políticas eficazes que garantam o acolhimento desse grupo vulnerável. É crescente o número de casos de abuso sexual e psicológico, além das ocorrências de trabalho infantil, o que aumenta a insegurança dessa população.

    Ademais, o racismo estrutural surge como outro fator agravante dessa mazela social. Nesse contexto, a filósofa brasileira Djamila Ribeiro defende que, para atuar em uma situação, deve-se, antes de tudo, tirá-la da invisibilidade. Nessa mesma lógica, percebemos que grupos sociais predominantemente pretos e vulneráveis financeiramente são invisíveis aos olhos do Estado; por consequência, crianças e adolescentes dessas comunidades têm menos garantias de proteção. Regiões periféricas, por exemplo, são propensas ao trabalho infantil devido à falta de incentivo educacional, cultural e financeiro. Portanto, a ausência de mudanças estruturais nessas regiões mantém a situação de inércia.

    Torna-se, assim, primordial mitigar a falta de garantias de proteção a esse escopo social. Para isso, o Governo Federal, junto ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, deve criar políticas públicas que aumentem a fiscalização em locais vulneráveis a fim de garantir a proteção dessa população infanto-juvenil. Além disso, os Ministérios da Educação e da Cultura poderiam unir esforços para desenvolver campanhas em periferias que incentivem a inserção educacional e o engajamento cultural. Dessa maneira, estaremos mais próximos da realidade descrita na Carta Magna.

    Notas e Comentários com Base na Cartilha do Enem

    Competência 1 (Normas da Língua Portuguesa): Nota 160/200

    Comentário: Seu texto demonstra boa escrita, com poucas falhas gramaticais, mas há alguns erros de concordância e pontuação, como em “tira-la” (corrigir para “tirá-la”) e “tem menos garantias” (corrigir para “têm menos garantias”). Também seria interessante revisar algumas construções para uma melhor fluidez.

    Competência 2 (Compreensão da Proposta): Nota 180/200

    Comentário: Você abordou o tema com precisão e apresentou as causas com clareza. Poderia apenas reforçar um pouco mais a ideia de como essas causas impedem o pleno cumprimento dos direitos assegurados pela Constituição.

    Competência 3 (Seleção e Organização de Informações): Nota 160/200

    Comentário: Os argumentos estão bem organizados e desenvolvidos. No entanto, há algumas passagens que poderiam ser mais diretas, e é importante evitar termos redundantes para reforçar a coerência e a fluidez do texto.

    Competência 4 (Argumentação): Nota 160/200

    Comentário: Você utiliza citações e exemplos válidos (Gilberto Dimenstein e Djamila Ribeiro) para apoiar seus argumentos. A argumentação está boa, mas a proposta de intervenção poderia ser mais detalhada, especificando melhor o papel dos ministérios citados e dos agentes envolvidos.

    Competência 5 (Proposta de Intervenção): Nota 160/200

    Comentário: A proposta de intervenção é coerente com a problemática apresentada e envolve os agentes necessários. Contudo, para uma nota mais alta, seria interessante detalhar como as campanhas de inserção educacional e cultural devem ser realizadas e os meios de fiscalização.

    Nota Final Estimada: 820/1000

    Essas sugestões visam fortalecer a clareza, coesão e detalhamento da argumentação e da proposta de intervenção, com ajustes pontuais para uma estrutura mais robusta.

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