A falta de empatia das relações sociais no Brasil

São Tomás de Aquino defendeu que todas as pessoas precisam ser tratadas com a mesma importância. Porém, a falta de empatia nas relações sociais no Brasil contraria-o, pois muitas das vezes a sociedade não dá a devida importância para a dor do outro. Nesse viés, o impasse persiste, em virtude do silenciamento e do individualismo.

Primeiramente, a invisibilidade social caracteriza-se como um complexo dificultador. Com isso o filósofo Habermas, traz uma contribuição relevante ao defender que a linguagem é uma verdadeira forma de ação. No entanto, percebe-se uma lacuna no que se refere à falta de empatia nas relações sociais no Brasil, que é muito silenciada em meios como escolas, por exemplo. Assim, trazer à pauta a esse tema e debatê-lo amplamente aumentaria a chance de atuação nele.

Ademais, é fundamental apontar que a cultura individualista solidifica o entrave. Por essa ótica, na obra “Modernidade Líquida”, Zygmunt Bauman defende que a sociedade atual é fortemente egoísta. Desse modo, a tese do sociólogo pode ser observada de maneira específica na realidade brasileira, no que tange à falta de empatia nas relações humanas. Essa liquidez que influi sobre a questão funciona como um forte obstáculo para sua resolução.

Portanto, como solução, é oportuno que as escolas, em parceria com as prefeituras, por meio de professores e psicológicos, deve promover um espaço para rodas de conversa e debates sobre a falta de empatia nas relações sociais no ambiente escolar. Tais eventos não devem se limitar aos alunos, mas se aberto à comunidade, a fim de reverter o silenciamento e o individualismo presente no assunto.