A extinção de linguas indígenas no Brasil

O conhecimento adquirido historicamente e transmitido por Sacerdotes, Shamans, Professores e outros mestres, possibilitou as sociedades se desenvolverem sem deixar de preservar seus costumes. No entanto, isso não ocorre com as línguas indígenas locais no Brasil.

Das 1,2 mil que existiam no inicio da colonização do país, só restam 274, sendo que 190 c0rrem risco iminente de serem extintas, segundo o Atlas das línguas em perigo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura ( Unesco ).  Nesse contexto, mais que um idioma, os nativos estão perdendo sua identidade. Nota-se ainda o descaso da Funai ( Fundação Nacional do Índio)  ao não catalogar esses idiomas na rede mundial de computadores.

Em outra perspectiva, falta apoio da mídia ao não criar conteúdo com e para falantes indígenas, ignorando tal cultura. Somado a isso, as escolas e universidades também contribuem com o quadro não apresentando as línguas aos seus educandos, nem mesmo de forma expositiva. Logo, as pessoas não conseguem se engajar em uma causa que se quer lhe fora apresentada. Com isso, fica a cargo apenas dos nativos mais velhos não deixar suas raízes morrerem.

Isto posto, faz-se necessário soluções. Em primeiro plano, a Funai, com apoio do Governo Federal, deve abrir um edital para contratação de profissionais que irão catalogar as línguas indígenas em um banco de dados nacional, disponível para todos, com o fito de preservar os idiomas e a memória indígena. Em segundo plano, o Ministério da Educação deve criar nas escolas e universidades disciplinas de língua indígena e efetuar a contratação de nativos para ministrar as aulas, levando assim conhecimento das línguas e representatividade para seus falantes.