Na obra “O cortiço”, Aluísio Azevedo retrata como a personagem João Romão consolida sua ascensão social por meio da exploração dos trabalhadores de sua pedreira. Analogamente, o livro reflete a condição de muitos cidadãos brasileiros, vistos sob a perspectiva de seus patrões como um mero meio para o fim: obter lucro. Tal conjuntura perpetua-se desde outrora e possui graves consequências.
Em primeira análise, é fulcral pontuar que a exploração trabalhista está na biografia do Brasil. Nesse viés, durante a Era Vargas muitas pessoas migraram do campo para a cidade, enxergando nas indústrias a esperança de uma vida digna. Entretanto, a pobreza e o desemprego acometia grande parte dessa população e, consequentemente, muitos tiveram de submeter-se a condições de trabalho desumanas e salários ínfimos. Desse modo, nota-se que desde épocas passadas o capital coloca-se acima dos princípios éticos e a força de trabalho é vista como uma mercadoria.
Além disso, é válido mencionar que este panorama traz consequências preocupantes para o trabalhador explorado. A esse respeito, o indivíduo torna-se alienado, tanto de sua própria força laboral quanto de seu produto – apropriado com êxito pelos capitalistas. Devido ao pouco reconhecimento que recebe e ao intenso esforço que realiza, o empregado permanece em seu local de trabalho com uma sensação de sofrimento ao invés de satisfação; a falta de energia produz cansaço físico e mental, podendo levá-lo ao estresse e à depressão. Logo, se esse cenário perdurar-se, muitos brasileiros estarão prejudicados fisica e emocionalmente.
Portanto, fica evidente que a classe dominante, há tempos, busca manter sua posição econômica através do esfacelamento da dignidade de seus empregados, e que isso produz efeitos deletérios. Para reverter tal quadro, urge que o Governo Federal crie um disque denúncia que receba casos de exploração laboral, o qual deve, além de punir os responsáveis, oferecer encaminhamento psicológico para os trabalhadores necessitados, visando promover seu bem-estar. Assim, o Brasil não será mais como o cortiço ficcional de Azevedo.
No caderno deu 30 linhas. Peço que deem nota, obrigado!
Nicoli
Para te ajudar, estude :
Competência I: demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa
Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo
Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
Competência V: elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
E um bônus: quem são os 5 elementos da conclusão: Agente, ação, meio ,detalhamento e finalidade.
Joaobarbosa20
Eai, blz ? Mano, pra mim sua redação ta muito boa. Sugiro apenas que deixe os argumentos que serão desenvolvidos bem claros na introdução, teses gerais tendem a prejudicar. Além disso, evite gerundios e tente respeitar todos os criterios da proposta de intevenção, inclusive um detalhamento da proposta. Os corretores são bem rigorosos com a proposta de intervenção. Eu daria uma nota entre 880 e 920. Espero que tenha ajudado
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Olá David! Boa escolha de tema!
Analisarei por parágrafos…
INT: Você utilizou uma boa alusão, a obra o cortiço. Cuide para apresentar também que o autor X é criador da obra, apresente diretamente, cite que ele é o autor. A coesão entre os períodos está boa. Para finalizar o parágrafo, cite as suas Teses que irá desenvolver, pois assim seu corretor estará seguro sobre a continuação do texto, e deixará claras as suas ideias. Lembre-se: a INT é o cartão de visitas ao seu corretor.
D1: muito bem fundamentado, com referência, suas ideias bem argumentadas, ficam claros os impactos do capitalismo no ambiente de trabalho apresentado, a falta de reconhecimento do cidadão neste meio.
D2: vejo seus argumentos como uma disposição de Causas (D1) e Consequências (D2), além de serem apresentadas as consequências nos dois parágrafos. Neste segundo DES (D2) você mostra os impactos na vida do trabalhador, as consequências que são prejudiciais.
CON: Muito boa, você reforça o que priorizou ao longo do texto- a existência da classe dominante e seus fatores. Na sua Proposta de Intervenção estão presentes as cinco obervações.
Quem: Governo Federal
O que: criar o disque denúncia
Para que: punir os responsáveis por tais atos, priorizando a justiça brasileira, e assim garanti o bem-estar social.
Como: punindo os responsáveis e garantindo as vítimas o auxílio.
Detalhamento: você pode escolher( e deve) reforçar algum deles. Não estou certa, mas vejo que seria o Para, pois você complementa que seria para garantir o bem-estar social.
Boa retomada de alusão, fechando seu texto, com coesão e coerência.
Parabéns!
Fica ainda uma análise por competências:
C1: 160 Escrita formal, poucos desvios. Você pode buscar sempre mais formalidade…
C2:200 Argumentação boa, usou repertórios e os conectou ao texto, domínio da estrutura textual também, apresentou de forma não direta as teses, mas ao ler os D compreende-se.
C3: 160 Organização, opinião, apresentação de fatos.
C4: 160 Concetivos, coesão e coerência…
C5: 200 Proposta de Introdução articulada a sua defesa e ao tema proposto.
=880 Não estou totalmente familiarizada com as competências e a cada qual se encaixam os recursos exigidos, busquei me basear na sua redação e aos aspectos calculados pela minha calculadora avaliativa…
Estou iniciando minhas correções por aqui, se puder analisar minhas redações e avaliar por competências agradeço!