A EXPLORAÇÃO TRABALHISTA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

No período colonial, compreendido entre 1500 e 1822, o trabalho escravo era abundante. Na contemporaneidade, ainda há casos de exploração trabalhista, entretanto, diferente do período colonial, tal atividade já é considerada uma grave violação aos direitos humanos, sendo julgado como crime, conforme informa o Código Penal (quaisquer situações de trabalho forçado, jornada exaustiva, serviço por dívida e/ou condições degradantes, são considerados crimes).

É preciso entender, primeiramente, que a Primeira Revolução Industrial foi um dos facilitadores para que o processo de exploração trabalhista se tornasse cada vez mais comum. Isso se explica, já que foi a partir deste marco que os trabalhadores das indústrias começaram a ser separados por funções, ou seja, cada indivíduo era destinado a desempenhar certo papel. Portanto, tal fato possibilitou o desenvolvimento de uma hierarquização natural de poder entre os trabalhadores, e assim, consequentemente, ocorrendo a exploração trabalhista e a diminuição do salário.

Além disso, conforme dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo são homens, por conta da maior força braçal. Estes indivíduos, em sua grande maioria, são analfabetos e migrantes internos e/ou internacionais, normalmente vindo de países como Bolívia, Paraguai e Peru.

Portanto, em virtude dos fatos apresentados, faz-se necessário buscar soluções para este impasse. O Governo deve realizar a fiscalização das propriedades privadas e efetuar as devidas punições daqueles que empregam trabalhadores em condições degradantes. A criação de políticas públicas, por parte do Governo e do Ministério da Saúde, que contemplem a assistência à vítima e a prevenção do problema, de forma que os trabalhadores possam se desvincular da situação de exploração à qual estão ou podem estar submetidos, é de suma importância. A divulgação e promoção de debates sobre a temática, tornam as comunidades, onde isso é mais comum, mais preparadas para enfrentar e denunciar práticas exploratórias, tornando assim possível a diminuição da exploração trabalhista na sociedade brasileira.