A expansão da educação a distância no Brasil

A Constituição Federal de 1988 garante a todos os indivíduos o direito à liberdade, educação e bem-estar social. Entretanto, a expansão do ensino longínquo impede que tais garantias sejam constatadas, de fato, na prática, tornando-se um desafio a ser enfrentado organizadamente no Brasil. Sob esse viés, convém salientar tal quadro, intrinsecamente ligado a aspectos atrativos e lucrativos.

A princípio, de acordo com o levantamento divulgado em setembro de 2019 pelo Ministério da Educação (MEC) foram oferecidas mais vagas em cursos de graduação na modalidade a distância do que na presencial. Isso evidencia que o ensino a longinquidade atrai a população, tendo em vista as mensalidades baixas, horários flexíveis e o poder de conciliação dos estudos com o trabalho. Nessa ótica, é perceptível, as regalias disponibilizadas pela tecnologia, no entanto, esse tipo de ensinamento ainda necessita ser aprimorado.

Outrossim, segundo Immanuel Kant, filósofo alemão, “é no problema da educação que se assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”. Esse pensamento verifica-se na realidade, quando as empresas privadas visam a lucratividade em detrimento de uma péssima formação educacional a lonjura, o que culmina para que os formandos não tenham melhores oportunidades no mercado de trabalho. Depreende-se, pois, que em um país dito democrático, uma prerrogativa essencial ao ser humano – a educação – está sendo desvalorizada, por causa de dogmas capitalistas.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para mitigar esse impasse. Destarte, as instituições de ensino devem criar uma plataforma online, por meio de aulas diversificadas, bibliotecas, videoconferência com professores especializados no uso tecnológico, com o intuito dos discentes terem um melhor ensinamento a distância. Espera-se, com isso, que a ideia de Kant se torne real e todos usufruam dos seus direitos constitucionais na sociedade brasileira.