A EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA OS BRASILEIROS

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Na série canadense “Anne with an E”, o personagem Mattew Cuthbert, temeroso com as safras futuras em sua fazenda, realiza um vultoso empréstimo no banco da cidade e, sem condições de pagá-lo ao final do prazo, acaba tendo de hipotecar sua propriedade. Na vida real e, especificamente, na dos brasileiros, as situações são bastante análogas, ao passo que o número de inadimplentes e endividados cresce a cada ano no país, apontando a falta de conhecimento como um de seus principais fatores. Nesse sentido, uma educação financeira faz-se de grande valia na criação de um planejamento pessoal e familiar.

Recentemente, o Banco Central divulgou que mais de 46% das famílias brasileiras está comprometida com dívidas; um percentual alarmante que revela, além das disparidades econômicas, o encalhe do potencial de compra dessa parcela populacional que, muitas vezes, encontra-se com o “nome sujo” no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). No caso de famílias mais pobres, o contexto é agravado, já que, concomitantemente à disposição de reles rendimentos mensais para os gastos de primeira necessidade, têm ainda que defrontar-se com o “dragão” das dívidas.

Ademais, o próprio SPC revelou que grande percentual das pessoas, sobretudo jovens, não tem noção de que estão endividadas e que essa conhecença é adquirida apenas quando o platô encontra-se em estágio elevado. Assim, a tênue relação entre o uso desenfreado de cheque especial e cartões de crédito – duas das maiores causas de endividamento no Brasil – atrelado ao latente desemprego e à ausência de conhecimento e planejamento das finanças, torna a arrecadação insuficiente frente à gestão de todos os gastos realmente necessários mais as acumulações devedoras.

Em vista às considerações supracitadas, fica visível a importância da educação financeira nas relações econômicas dos brasileiros. Cabe, portanto, aos ministérios da Economia e das Comunicações, conjuntos ao SPC, o fomento de campanhas institucionais que instruam os cidadãos a respeito dos benefícios da elaboração de um plano financeiro pessoal e familiar, bem como o engajamento individual no autocontrole fiscal e a promoção de palestras, workshops e grupos focais, em escolas e universidades, com foco a incentivar os jovens a administrarem com maior consciência a relação eu-dinheiro.

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4 Correções

  1. Faltou conectivos no início dos parágrafos de desenvolvimento .
    Ficou um pouco expositivo ,porém tem um repertório diversificado.
    Poucos erros de gramática e pontuação .
    Estrutura bem definida.
    Não explicou a tese.
    C1:160 ( norma culta).
    C2:160 (compreender a proposta de redação).
    C3:200 (ter as ideias bem definidas).
    C4:200 (Boa estrutura de parágrafos).
    C5:200 (elabora proposta de intervenção para o tema abordado).
    Nota final :920

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  2. Nota 01 – 200 – Excelente ortografia, com presença de poucos erros gramaticais.
    Nota 02 – 200 – Boa estrutura textual e uso de outras áreas de conhecimento.
    Nota 03 – 160 – Use mais seu senso crítico na argumentação, pois, ele está pouco expositivo.
    Nota 04 – 160 – Use mais conectivos para articular seu texto.
    Nota 05 – 140 – Notei a ausência de alguns elementos conclusivos.

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  3. Olá Mateus,
    Introdução:
    – Repertório bom e pertinente
    – utilizou os elementos coesivos
    – poucos erros ortográficos
    – falta explicitar a tese
    D1:
    – falta o elemento coesivo no começo do paragrafo( Em primeiro plano/A priori/Primeiramente)
    -Boa argumentação
    D2:
    -poucos erros ortográficos
    – causa e consequência presentes
    Conclusão:
    -falta uma frase de finalização.
    AGENTE: aos ministérios da Economia e das Comunicações, conjuntos ao SPC
    AÇÃO: o fomento de campanhas institucionais que instruam os cidadãos a respeito dos benefícios da elaboração de um plano financeiro pessoal e familiar
    MODO/MEIO: em escolas e universidades
    FINALIDADE: com foco a incentivar os jovens a administrarem com maior consciência a relação eu-dinheiro
    DETALHAMENTO: bem como o engajamento individual no autocontrole fiscal e a promoção de palestras

    C1: 160 (Norma culta).
    C2: 160 (Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro do limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo).
    C3: 120 (Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista).
    C4: 120 (Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação).
    C5: 180 (Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural)
    Nota: 740

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  4. Excelente redação. Apresentou uma ótima citação, trazendo a mesma para a realidade brasileira. Conseguiu agregar os pontos importantes, ressaltar as partes principais, explicitar a introdução, desenvolvimento e conclusão de forma organizada. Enfim… Com estudo e dedicação obterá o êxito necessário, parabéns.

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