Com o avanço nos transplantes de órgãos no Brasil desde a década de 60, quando o primeiro foi realizado, muitas barreiras na medicina foram ultrapassadas. No entanto, mais vidas seriam salvas e um maior número de enfermidades curadas se a doação de órgãos ocorresse no Brasil com maior frequência – uma vez que o transplante depende diretamente dela-, o que não acontece devido ao baixo incentivo governamental, levando algumas famílias a recorrerem, muitas vezes, ao mercado clandestino de órgãos.
É de suma importância analisar, primeiramente, o descaso do governo em relação ao assunto. Sem haver propagandas sobre o tema nem sua discussão em espaços de debate, como a escola e unidades de saúde, as famílias não discutem a questão e não falam sobre desejos do fim da vida, algo necessário, como enfatiza a famosa médica paliativista, Ana Cláudia Quintana Arantes, uma vez que que sem a permissão dos parentes, os médicos não podem coletar os órgãos, e como o assunto é considerado um tabu, não é tratado quando se está diante de uma situação de doença ou no luto.
Sob outro prisma, as famílias que necessitam de órgãos para tratar seus entes acabam recorrendo ao mercado ilegal, alimentando um perigoso comércio que trafica pessoas. No filme “Central do Brasil” é demonstrado o ato de um casal que paga por uma criança para que pudesse, posterior e furtivamente, matá-la, retirar seus órgãos e vendê-los. Analogamente, isso ocorre frequentemente no país, uma vez que a demanda por eles é gigante e o número de doações é ínfimo. Assim, inúmeras famílias compram as partes do corpo de alguém que foi traficado, na esperança de que seu parente viva mais tempo com qualidade.
Infere-se, portanto, que é crucial a tomada de medidas pelo Estado para resolver o imbróglio. Nesse sentido, os Ministérios da Saúde e da Educação devem promover um mês específico para abordar a importância da doação de órgãos e da conversa sobre o assunto. O programa deve ser efetivado por meio de palestras e oficinas lúdicas em escolas e Unidades Básicas de Saúde que possam trazer a questão da melhor forma para todas as idades e pessoas. Além disso, devem ser ministrados cursos para capacitar profissionais de saúde a conversar sobre o tema. Com isso, a medicina pode salvar ainda mais vidas e evoluir para todos.
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Olá, sua redação está muito boa, você tem um ótimo repertório, parabéns.
C 1- sua redação apresenta poucos erros gramaticais- 180
C 2- texto foi bem desenvolvido, objetivo e claro- 200
C 3- 200
C 4- soube pontuar bem o texto nos lugares certos- 200
C 5- ótima proposta de intervenção para o problema- 200
Vinixxx
Boa noite!!!!!!!!!!
A início, parabéns pelo texto, é uma ótima redação.
A introdução ficou perfeita, as teses foram muito bem desenvolvidas ao longo do texto.
A redação está riquíssima em repertório e muito bem contextualizada.
Caraca Lívia , quero escrever assim como você “-” “-”
Daniel Barbosa
Repetições de palavra principalmente a “para” tente substitui-las.
Sua introdução ficou impecável, meus parabéns!
No segundo parágrafo tente não usar palavras com gerúndio: “quando”, tente mudar por outra…
Já no terceiro parágrafo tente não usar palavras com gerúndio: “recorrendo”, “alimentando“, tente trocar por outra…
Por fim, excelente intervenção.
C1 – 160
C2 – 180
C3 – 200
C4 – 200
C5 – 200
====940
mariaeferro
Competência I: demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa – 200
Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo – 200
Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista – 200
Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação – 200
Competência V: elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural – 200
Nathalya Beatriz
Olá Lívia!
Sua redação ficou boa e vc demonstrou um bom repertório, além de ter utilizado um argumento de autoridade para sustentar o seu. Um pequeno detalhe é que acredito que se vc tivesse colocado a palavra “primeiramente” no início da frase do primeiro parágrafo teria ficado um pouquinho mais conectado com a introdução (não que vc tenha feito errado, mas ajudaria a deixar seu tópico frasal um pouco mais estruturado). Outro aspecto é que vc deve buscar usar mais conectivos dentro do parágrafo, para estabelecer uma perfeita conexão entre os períodos. E por fim, outro detalhe é sua conclusão que faltou vc fazer a retomada da alusão da introdução (o que é muito importante para linkar seu texto como um todo).
Enfim… vc tem potencial. Basta corrigir alguns aspectos como esses, investir no repertório e na gramática (para evitar errinhos de concordância verbal como em “Com isso, a medicina pode salvar ainda mais vidas…”, onde o correto seria “poderá salvar ainda mais vidas”, já que estamos falando de algo que ocorrerá) e praticar bastante que vc chega lá.
Espero ter ajudado! :)