A dizimação da cultura indígena

No livro, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, do escritor Machado de Assis, o defunto-autor relata que não teria filhos para negá-los o legado da miséria humana. Essa realidade se evidencia, tendo em vista, a dizimação da cultura indígena, um desafio que necessita ser enfrentado no Brasil. Logo, cabe analisar tanto a contribuição das tradições aborígenes quanto os empecilhos que impedem sua preservação.  

A princípio, cabe destacar que os portugueses, no século XV, por considerarem os índios inferiores, tentaram impor seus costumes aos nativos. No entanto, houve resistência e os hábitos indígenas ainda estão preservados, através, por exemplo, das ervas medicinais, as quais são fundamentais para o tratamento de diversas doenças. Nessa ótica, é perceptível a relevância disso em prol do conhecimento e respeito àqueles que fazem parte da construção histórica do país.  

Outrossim, é importante salientar que nos dias atuais, a população autóctone está reduzida, principalmente tendo em vista, os conflitos referentes a demarcação de terras. Com efeito, tal perspectiva dificulta a conservação das tradições, por exemplo, os diversos tipos de línguas, estão sendo esquecidos pelos aborígenes mais novos. Desse modo, é incabível que uma cultura tão importante esteja sendo dizimada, necessitando que haja intervenção para possíveis soluções.  

Urge, portanto, que o Ministério da Educação, por meio de investimentos governamentais, crie mais escolas nas áreas indígenas. Nesses âmbitos e em instituições educativas já estabelecidas devem ter grades curriculares voltadas aos aspectos culturais e seus benefícios para o meio social, com debates ou aulas transversais, de modo a transmitir informações referentes a essa temática. Espera-se, com isso, que o único legado disseminado seja de justiça e igualdade.