Iniciante

A divisão do trabalho doméstico no Brasil

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Escravas de gênero
O movimento sufragista, inaugurado na França do século XVIII, marcou a luta feminina pela igualdade entre gêneros e pela possibilidade de participação no contexto social. Em contrapartida, o machismo e a discrepância estrutural entre os sexos ainda são presentes nos dias atuais, reverberando em diversos setores da sociedade brasileira. Nesse contexto, a divisão desigual do trabalho doméstico no Brasil é reflexo de uma sociedade patriarcal, que impede a ascensão sócio-profissional feminina, fruto de processos históricos conturbados e gerador de diversos problemas sociais.
A priori, a divisão sexual desarmônica dos trabalhos domésticos possui raízes históricas nunca revertidas. Nessa perspectiva, datando de antes da Primeira Revolução Industrial, o mercado de trabalho exigia a força bruta, produzindo um cenário no qual os maridos compunham a força trabalhadora e as esposas encarregavam-se das atividades domiciliares. Em contrapartida, a entrada da força feminina no mercado de trabalho brasileiro, durante as guerras mundiais, não significou a divisão de tarefas, sobrecarregando mulheres frente à pluralidade de responsabilidades. Desse modo, esculpiu-se uma realidade que dificulta a ascensão sócio-profissional feminina e que urge ser alterada, em prol da igualdade social.
Outrossim, a impossibilidade do destaque feminino no mercado de trabalho contribui para a perpetuação da prática de violência doméstica contra as mulheres. Nesse sentido, o gênero dominante enxerga a dificuldade de ascensão profissional do outro como consequência de sua incapacidade, levando a um cenário no qual mulheres são tidas como inferiores e, portanto, sujeitas à violência. Além disso, a crença da inferioridade do sexo feminino fomenta, novamente, o afastamento do mesmo do ambiente de trabalho em prol dos cuidados com o lar. Dessa forma, produz-se um ciclo vicioso no qual, além de gerar problemas de ordem jurídica, a má divisão de tarefas entre os gêneros é tanto a causa como o produto das dificuldades enfrentadas pelas brasileiras no âmbito profissional.
Infere-se, portanto, que é necessário que a mídia, em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, promova campanhas nas redes sociais reiterando a importância de dividir, entre os gêneros, os cuidados com o lar, através da criação de fóruns de debate sobre o tema, a fim de problematizar essa prática tão enraizada na cultura brasileira. Assim, no futuro, construir-se-á uma sociedade mais igualitária socialmente. Ademais, é preciso que o Governo Federal estabeleça impostos mais rígidos sobre empresas que não possuem mulheres em cargos hierárquicos elevados, por meio de visitas sem agendamento de fiscais às sedes, visando a promover a ascensão profissional de brasileiras no mercado de trabalho. Com isso, os direitos defendidos pelo movimento sufragista poderão, finalmente, ser assegurados, e as mulheres deixarão de ser escravas de seu gênero.

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2 Correções

  1. você cometeu pequenos erros que pode ser consertados!
    Vamos lá…. Primeiro você esqueceu dos parágrafos, sua tese não mostrou o lugar dela realmente no texto, muita informação e pouco argumento, sua solução foi curta.
    Você se saiu muito bem na introdução, seu desenvolvimento foi legal, pois tem informações massa, mas precisa também ter um domínio do assunto. Se você pegar todas as dicas que te falarem você irá tirar um notão!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Olá, Clara! Quero te deixar algumas dicas no que vc pode melhorar.
    No 1 desenvolvimento, faltou coerência das ideias. Deixe explícito seus argumentos de forma “clara”.
    Vc tbm deixou de pular o parágrafo antes de fazer sua conclusão (ou pode ser simplesmente esquecimento seu kk…,mas n deixe assim, ok. Faça de conta como se aq fosse a folha principal da redação, e sempre dê aquela revisada antes pra vc já ficar logo bem acostumada).
    Por último, sempre quando for iniciar sua conclusão faça uma retomada do ideia principal do texto, e só depois comece com sua proposta.
    Contudo, seu texto está MT bom. Apresenta bom repertório sócio cultural, boa tese e tbm uma boa proposta de intervenção. N sou corretor PRO mas acredito q esse seu texto já mereça uma boa nota. Continue treinando e evolua cada vez mais! ;)

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