A disseminação do ódio no Brasil

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O jornalista brasileiro Carlos Heitor Cony disse: “A internet é poluidora, não no sentido ecológico,mas sim espiritual.” Hodiernamente,os meios virtuais tem sido a grande ferramenta de propagação do ódio, assim sendo um risco generalizado para todas as pessoas no centro digital.

Verifica- se variados objetos nos quais são possíveis a disseminação da repulsão contra pessoas, culturas, religião, entre outras. Diante disso, percebemos que a internet tem grande relevância nesse quesito, já que com o passar dos anos os indivíduos à usam gradativamente, no entanto há grupos intolerantes que não usam esse espaço de modo consciente e com respeito, isso porque muitos desses são infelizes consigo mesmo ou ainda possuem algum problema de psíquico que impossibilita a empatia para com os outros.

Nesse sentido, repara- se que a raiva chega nos mais diversos lugares do país e se espalha progressivamente, como forma de xenofobia,por exemplo. Nas redes sociais isso ocorre pelo instagram, facebook e inclusive em jogos online, dessa forma são feitos xingamentos danosos contra etnias, raças ou hábitos, gerando assim no receptor da mensagem danos psicológicos irreversíveis, tais como pressão alta, depressão, que nos casos supremos ocasiona o suicídio.

Dado o exposto, o artigo 140 do código penal prevê uma detenção de um a seis meses para aquele que injuriar alguém, entretanto ela não é totalmente eficiente pois muitos desconhecem a mesma. Em vista disso, é indubitável a necessidade de difundir informações das consequências e punições que o discurso de ódio traz, por meio das redes de comunicação de massa, através do governo e órgãos públicos, transferindo conhecimento para a sociedade brasileira sobre seus direitos como cidadãos, acompanhado da diminuição da ira nos espaços virtuais e também nas vivências diárias.

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2 Correções

  1. Na introdução, não deixe de dar “spoilers” dos argumentos, é com eles que o corretor consegue identificar mais facilmente o seu projeto de texto, ou seja, é você dizendo ao corretor que já sabia o que queria escrever nos parágrafos 2 e 3 quando ainda estava escrevendo o parágrafo primeiro.

    A necessidade de colocar os spoilers é também forçar na sua mente a ideia de que você deve desenvolver dois argumentos distintos. Seus dois parágrafos de desenvolvimento partem da mesma premissa de que a internet aumenta a disseminação do ódio, mas há outras casos a serem abordadas, e é daí que surge a expectativa de ver um novo argumento. Por exemplo, há redes políticas que ganham votos pelo ódio, você poderia falar disso num outro argumento. Há grupos econômicos que financiam o ódio, porque também lucram – mídia, a exemplo. Enfim, você deve mostrar que o debate não se limita a redes sociais: o ódio não nasceu no brasil a partir dos anos 2000.

    Ainda nessa ideia de desenvolver um novo argumento, pesa negativamente que o seu conectivo do terceiro parágrafo seja o “nesse sentido”, em vez de “além disso”. Então desconfie que você está dando uma continuidade indevida de ideias quando o local dissertativo troca de parágrafo e, assim, pede uma nova ideia.

    Texto vem têxtil, tecido. A ideia é que, quando você começa a escrever, você já sabe qual “costura” vai terminar, porque nenhum artesão começa a fazer uma roupa sem saber como ele quer que ela fique, certo? É dessa ideia que vem a restrição a fatos novos na conclusão. Seu texto deve ser previsível – a redação é, de certa forma, chatinha, mecânica, óbvia. Ao ler a sua introdução e os seus argumentos, deve ser óbvio o desfecho do seu texto. Daí que a questão da injúria precisava ser antecipada de alguma maneira durante o texto, o que confere a esse trecho uma sensação de que ele só foi pensado quando você chegou no final, o que é péssimo em termos de projeto de texto.

    Sobre a proposta, entenda a diferença entre propor e constatar – isso é MUITO importante. O “é indubitável” é uma constatação de um fato; já o “o Governo e os agentes públicos devem” é uma frase interventiva. Por que isso é importante? O Enem não considera como “ação” aquela que venha numa estrutura de uma mera constatação de um fato, ou seja, o Enem quer a sua postura propositiva, quer de você confiança para usar palavras e ideias suas para interferir na questão. Não invente aqui proposta.

    Ainda sobre isso: você quer montar uma estrutura propositiva que facilite a vida do corretor na proposta. Bah, o Agente sendo introduzido por um “através” é pra confundir o corretor, só pode. Ele até faz o esforço pra identificar, mas você não quer abusar da paciência do seu corretor, né? Em outras palavras: monte uma estrutura com elementos coesivos que, de fato, signifiquem aquilo que você quer pontuar.

    Agente pede só um artigo
    Ação pede um verbo
    Meio pede um conectivo como o “por meio de”
    Finalidade pede um conectivo como o “para que”
    Detalhamento pede um “uma vez que”, um “por exemplo”, um “nesse contexto” ou um “afinal” de algum dos outros 4 elementos

    Anotou?!
    Vamos descansar…

    Finalzinho sobre norma culta:

    Muitos dos erros abaixo são ocasionados pelo tamanho das frases. O ideal é montar uma frase com no máximo duas linhas. Há trechos no seu texto com 6, 7 linhas seguidas, e isso vai ocasionar problemas de concordância e de pontuação, além de poder tirar de ti oportunidades de variar os conectivos, já que o ponto final te impede de usar o gerúndio – e daí vem o erro do gerundismo, ou seja, a inércia dessa transição, sem uma operação argumentativa com objetivos claros (se é uma causa, uma consequência, um exemplo, a gente não sabe exatamente no gerundismo). Enfim, evite frases longas.

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    O jornalista brasileiro Carlos Heitor Cony disse: “A internet é poluidora, não no sentido ecológico, mas sim(1) espiritual.” Hodiernamente, os meios virtuais tem(2) sido a grande ferramenta de propagação do ódio, assim sendo um risco generalizado para todas as pessoas no centro digital.

    1 – “Mas sim” é pleonástico; quando usado, a ênfase no “sim” deve ser representada entre vírgulas;
    2 – Têm. O sujeito está no plural.

    Verifica-se(1) variados objetos nos quais são possíveis a disseminação da repulsão contra pessoas, culturas, religião, entre outras. Diante disso, percebemos que a internet tem grande relevância nesse quesito, já que(2) com o passar dos anos(3) os indivíduos à(4) usam gradativamente,(5) no entanto(6) há grupos intolerantes que não usam esse espaço de modo consciente e com respeito, isso porque muitos desses são infelizes consigo mesmo(7) ou ainda possuem algum problema de psíquico que impossibilita a empatia para com os outros.

    1 – Verificam-se. Sujeito invertido está no plural;
    2, 3 – “Com o passar dos anos” é adjunto adverbial com 3 ou mais palavras que te pede vírgula quando está no meio da frase, na frente e atrás;
    4 – Sem crase. Foi erro de digitação?
    5, 6 – Prefira usar vírgula após o “no entanto” – nesse caso, a vírgula antes do “no entanto” seria insuficiente, caso em que você poderia fazer o uso do ponto-e-vírgula, demonstrando um cadinho de conhecimento. Ficaria assim: “a usam gradativamente; no entanto, há grupos…”;
    7 – Mesmos. A palavra “mesmo” varia e deve concordar com “grupos intolerantes”.

    Nesse sentido, repara-se que a raiva chega nos mais diversos lugares do país e se espalha progressivamente, como forma de xenofobia, por exemplo. Nas redes sociais(1) isso ocorre pelo(2) instagram, facebook e(3) inclusive(4) em(5) jogos online,(6) dessa forma(7) são feitos xingamentos danosos contra etnias, raças ou hábitos, gerando(8) assim(9) no receptor da mensagem danos psicológicos irreversíveis, tais como(10) pressão alta,(11) depressão,(12) que(13) nos casos supremos(14) ocasiona o suicídio.

    1 – Adjunto adverbial com 3 ou mais palavras deslocado do final da frase vai sempre pedir o destaque por vírgulas. O critério é do Enem! Alguns outros vestibulares é que aceitam a vírgula opcional com “até 3 palavras”. Não perca ponto de bobeira;
    2 – Isso ocorre “por” ou “em”?
    3, 4 – Vírgulas novamente. Palavra de realce merece esse destaque (inclusive, até etc.);
    5 – Aqui deu ruim, pq tu percebeu que não era “por” e ainda gerou quebra de paralelismo. Vou reescrever: “isso ocorre no instagram, no facebook e, inclusive, nos jogos online” – sim, repita a preposição e o artigo na linguagem formal;
    6, 7 – Mesma sugestão do “no entanto” – aqui a escolha pela vírgula ainda causa o problema da frase gigante;
    8, 9 – Dá-lhe vírgula desaparecida – expressão explicativa vai sempre pedir um minuto de atenção, daí pede silêncio com pausas pontuais;
    10 – Evite comer os artigos;
    11 – Também comeu artigo, mas aqui quero falar da vírgula: por que não “e”?
    12 – Considere usar o hífen, tracinho, como queira chamar – de vez em quando ele facilita a leitura de uma frase cheia de vírgulas;
    13, 14 – Adjunto adverbil deslocado. Pode confiar, o Enem desconta ponto da ausência de vírgula atrás e da ausência na frente.

    Dado o exposto, o artigo 140 do código penal prevê uma detenção de um a seis meses para aquele que injuriar alguém, entretanto ela não é totalmente eficiente pois muitos desconhecem a mesma. Em vista disso, é indubitável a necessidade de difundir informações das consequências e(1) punições que o discurso de ódio traz, por meio das redes de comunicação de massa, através(2) do governo(3) e órgãos públicos, transferindo conhecimento para a sociedade brasileira sobre seus direitos como cidadãos, acompanhado da diminuição da ira nos espaços virtuais e também nas vivências diárias.

    1 – Paralelismo! Das consequências e das punições;
    2 – O Enem tolera, mas se puder evitar o erro… Através vem de atravessar, tu não atravessa nada na proposta. “Por meio de” fica melhor;
    3 – Governo. Com letra maiúscula.

    Perdão se comi algum erro.
    Detalhes!
    Bons estudos!

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  2. Acredito que o correto deveria ser “diante o exposto” ao invés de “dado o exposto”; “percebe-se” deve ser usado no lugar de “percebemos”; “religiões” ao invés de religião;, esses erros de ortogrfia podem custar muitos pontos.
    Acho que sua proposta de intervenção pode ser mais elaborada e mais clara, deixando mais visivel os agentes, o modo, meio e as outras coisas. Acho que tambem deveria ter um repertorio no desenvolvimento 1 e 2.

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