A DIFERENÇA E MÁ DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL

    Em Atenas, na Grécia Antiga, haviam os chamados “eupátridas” ou “bem nascidos”. Eles não pagavam impostos, possuiam propriedades e até mesmo detinham o direito de criar leis. Todos esses privilégios eram simplesmente justificados pelo pertenciamento ou não às famílias da elite ateniense. Apesar do progresso democrático brasileiro, é possível afirmar que o contexto a qual o Brasil se insere não difere muito desse fato histórico, haja vista a diferença e má distribuição de renda vigente.

          No que se refere à diferença de renda no Brasil, deputados e servidores públicos se situam nesse cenário. Uma vez que, o salário de um parlamentar custa em torno de 30 mil reais, fora os benefícios como auxílio paletó e moradia. Por conseguinte, vê-se a insatisfação popular por parte de outras classes trabalhistas – como a dos policiais e professores – que reivindicam em manifestações e greves, correções nos pisos salariais diante de tal disparidade .

     Outro aspecto a ser ressaltado, é a distribuição da receita governamental. Segundo Leandro Narloch , escritor brasileiro, em 2010, 5% da população tinha posse de 40% da renda nacional. Isso ilustra de fato, a persistência do modelo governamental ateniense na conjuntura atual em que poucos têm muito e muitos têm pouco.

    Portanto, é imprescindível a atuação dos Três Poderes – símbolos máximos da democracia – para reverter esse quadro de desigualdade. Para isso, faz-se necessária a articulação conjunta com o fito de reajustar pisos salariais que não condizam com a equidade instituída na Constituição Federal. Tal ação poderá ser feito por intermédio do Ministério da Economia que fará as correções sem prejudicar a economia nacional e desse modo reduzirá a diferenciação e má distribuição de renda no Brasil.