Estudante

“A desigualdade social constitui uma ameaça à Democracia?”

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A Revolução Francesa de 1789 deu-se pela falta de liberdade de um sistema absolutista, que gerava grande concentração de renda e miséria para a maioria do povo. Infelizmente, apesar de o Brasil ter um Poder Público mais liberal, essa situação se repete, pois é notável como a desigualdade social constitui uma ameaça à Democracia. Logo, faz-se crucial a análise das causas e consequências desse risco, as quais destacam-se: a negligência federal e a exclusão política da classe baixa.

A princípio, é importante destacar que, mesmo com a vigência de um sistema democrático no Brasil, a disparidade econômica se mantém. Nesse sentido, segundo o pensamento do filósofo contratualista Jean-Jacques Rousseau, é papel do Estado garantir a igualdade para a população. Todavia, é notável não apenas a inércia estatal em assegurar esse direito, como também os crescentes crimes corruptos, que tiram o crédito da Democracia e abrem espaço para discursos de extrema-direita, como o incentivo à volta do AI-5. Assim, é evidente a causa da desigualdade social brasileira atual.

Ademais, as consequências da problemática também devem ser consideradas. Isto é, durante o Brasil Império, foi estabelecido o voto censitário, que excluía grande parte dos brasileiros do cenário político nacional. Atualmente, não obstante o sufrágio universal previsto pela Constituição Federal de 1988, é perceptível que a renda ainda é um fator determinante na representação governamental, especialmente em cargos do Executivo, pois há grande resistência das classes mais elevadas em eleger candidatos menos favorecidos, sendo um exemplo disso o fato de, em mais de 500 anos de história, nunca ter sido eleito um presidente negro. Dessa forma, é inadmissível que essa situação perdure.

Portanto, para extinguir a ameaça à Democracia, medidas devem ser tomadas. Ou seja, o Poder Legislativo deve proporcionar uma representação política mais justa, por meio da criação de um projeto de lei que estipule uma cota de candidatos não-caucasianos e com poder aquisitivo de médio a baixo lançados por eleição. Outrossim, essa cota será estipulada por partido, sendo proporcional ao seu tamanho. Além disso, o Poder Judiciário deve promover uma “caça-às-bruxas” em Brasília, buscando barrar esquemas de corrupção. Assim sendo, essas ações teriam a finalidade de afastar a realidade brasileira àquela vista em 1789.

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2 Correções

  1. Olá!
    Primeiramente, gostaria de salientar que não sou uma profissional da área, por isso, perdoe-me qualquer equívoco que cometer na correção da sua redação.

    Correções:
    “…pois é” deve ser separado por vírgula “,pois, é”.
    “,não obstante” deve se separado por vírgula “, não obstante,”

    Considerações:
    Gostei da sua introdução, mas gostaria de levantar um ponto que poderia ser melhorado no seu texto. A parte em que você relaciona o repertório com o tema ficou vago e, acredito eu, que “infelizmente” não pode ser usado como conectivo.
    No primeiro período do desenvolvimento 1, eu estava esperando você retomar o argumento que disse na introdução. Fiquei confusa quando li. Além disso, achei que sua conclusão poderia melhorar mais, ser mais importante do texto. Lembre-se: todas as partes do texto devem ser importantes.
    Não use dados de senso comum, por exemplo, quando você cita “em mais de 500 anos de história, nunca ter sido eleito um presidente negro”, onde viu isso? (site, revista, etc.) Em que lugar não elegeram nenhum negro?
    “Ou seja” é mais usado para quando se quer explicar algo. Não sei se poderia ser usado nesse caso que usou. Troque por algo como “Para isso”.

    Nota:
    C1: 200
    C2: 200
    C3: 120
    C4: 120
    C5: 200
    Total: 840

    (Perdão pela correção atrasada mais de um mês. Espero que as observações que fiz ainda possam te ajudar.)

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  2. Olá,

    Não identifiquei muitos problemas gramaticais.

    – Em “…afastar a realidade brasileira àquela vista em…” pensei no verbo afastar como bitransitivo, quem afasta, afasta alguma coisa DE alguém. Então, ficarei: “…afastar a realidade brasileira DAquela vista…”

    Sobre as ideias que o texto traz, pontuo algumas coisas.

    Primeiro parágrafo.

    “A Revolução Francesa de 1789 deu-se pela falta de liberdade de um sistema absolutista, que gerava grande concentração de renda e miséria para a maioria do povo. Infelizmente, apesar de o Brasil ter um Poder Público mais liberal, essa situação se repete, pois é notável como a desigualdade social constitui uma ameaça à Democracia. Logo, faz-se crucial a análise das causas e consequências desse risco, as quais destacam-se: a negligência federal e a exclusão política da classe baixa.”

    Não consigo ver a notoriedade da relação desigualdade e democracia pelo que foi posto; vejo a relação da desigual como fator contribuinte para derrubar qualquer sistema, inclusive um absolutista. Creio que talvez se explorasse mais o conceito de democracia no sentido de que é “o povo no poder” e confronta-se com a governabilidade não voltada para necessidades do povo, como a desigualdade social, isso ficaria mais claro para quem lê o texto a desigualdade como ameaça à democracia.

    Terceiro parágrafo.

    “Ademais, as consequências da problemática também devem ser consideradas. Isto é, durante o Brasil Império, foi estabelecido o voto censitário, que excluía grande parte dos brasileiros do cenário político nacional. Atualmente, não obstante o sufrágio universal previsto pela Constituição Federal de 1988, é perceptível que a renda ainda é um fator determinante na representação governamental, especialmente em cargos do Executivo, pois há grande resistência das classes mais elevadas em eleger candidatos menos favorecidos, sendo um exemplo disso o fato de, em mais de 500 anos de história, nunca ter sido eleito um presidente negro. Dessa forma, é inadmissível que essa situação perdure.”

    Aqui achei um ponto confuso, quando você coloca classes mais elevadas “eleger” dá a impressão de que eles são a maioria, pois o voto tem o mesmo peso. Se talvez levasse para o discurso o custo de uma campanha eleitoral , principalmente a presidencial, creio que ficaria uma relação mais nítida de que o povo não tem representantes oriundos do pobre. E que talvez, por isso não lutem com mais afinco pela igualdade.

    Em “em mais de 500 anos de história”, como você fala do voto e da democracia, não há de se considerar 500 anos. E sim, a partir do uso do voto para escolha de representantes.

    Quarto parágrafo.

    “Portanto, para extinguir a ameaça à Democracia, medidas devem ser tomadas. Ou seja, o Poder Legislativo deve proporcionar uma representação política mais justa, por meio da criação de um projeto de lei que estipule uma cota de candidatos não-caucasianos e com poder aquisitivo de médio a baixo lançados por eleição. Outrossim, essa cota será estipulada por partido, sendo proporcional ao seu tamanho. Além disso, o Poder Judiciário deve promover uma “caça-às-bruxas” em Brasília, buscando barrar esquemas de corrupção. Assim sendo, essas ações teriam a finalidade de afastar a realidade brasileira àquela vista em 1789.”

    Aqui senti falta do agente povo, principalmente aqueles que sofrem com a desigualdade, como agente de mudanças exigindo para a manutenção da democracia igualdade e de fato representatividade. Pois, segundo o texto o Estado é inerte, os poderes legislativo e judiciário fazendo parte dele. E no modo mais criterioso, não vejo o judiciário fazendo uma “caça às bruxas”, pois ele só pode agir se provocado, ou seja, precisa de alguém que faça a denúncia.

    Achei esse blog falando um pouco sobre o assunto democracia:

    https://cursinhoparamedicina.com.br/blog/historia/existe-diferenca-entre-republica-e-democracia/

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