A desigualdade de gênero no século XXI

 Desde os primórdios da Idade Média, a mulher esteve condicionada a ideia de inferioridade e de submissão ao homem. Com base nisso, é possível perceber que, no Brasil, tal pensamento se perpetua, tendo em vista a desigualdade de gênero que as mulheres enfrentam todos os dias, em virtude da falta de amparo estatal e do machismo estrutural. Dessa maneira, o cenário supracitado necessita-se de uma intervenção para ser mitigado.

 De início, a ausência do Estado corrobora para a permanência do problema. Embora a constituição brasileira garanta a todos o direito de tratamento igualitário, independentemente de classe social, cor, raça ou gênero, o Governo não desempenha seu papel no que diz respeito a fiscalização para que a lei seja cumprida. Isso pode ser evidenciado por notícias que saem na mídia todos os dias, como no Jornal Nacional, da emissora Globo, onde uma pesquisa mostrou que, mesmo assumindo cargos iguais ou semelhantes aos homens, as mulheres recebem um salário bem menor. Além disso, a pouca ou nenhuma participação do gênero feminino em cargos e setores da sociedade, cabendo suscitar o meio político, vislumbra essa violência. Assim, é recorrente medidas para solucionar o empecilho.

 Outrossim, o machismo enraizado na sociedade atual dificulta o processo de igualdade entre os gêneros. Tal afirmativa é sustentada pelos comentários preconceituosos quanto a participação da mulher em esportes como futebol e da segregação nas aulas de educação física, em que meninos jogam o futsal e meninas têm que se contentar em praticar o voleibol, o que se distancia não só da teoria do escritor Jorge Bento, o qual afirma que o esporte é um fenômeno plural, polissêmico e polimorfo, como também dos pensamentos de Paulo Freire, patrono da educação, que define a escola como um espaço de transformação e de libertação para um mundo melhor. Dito isso, é fulcral estratégias para contornar o problema.

 À lux do exposto, é necessário que o governo federal, por meio da criação de uma lei, incremente nas empresas agentes fiscalizadores que faça se cumprir a Constituição vigente, observando questões como diferença salarial entre os sexos que desempenham mesma função. Ademais, o Ministério da Educação deve investir em formações docentes e palestras para estudantes de todos os níveis de ensino, a fim de desconstruir a misoginia impregnada no convívio social. Posto isso, a médio e longo prazo a problemática seria amenizada.