No filme “Coringa” é retratada a vida de um homem com problemas psiquiátricos e também alerta a importância de cuidados da saúde mental. Entretanto, a mensagem do longo pode não ter chegado aqueles que mais necessitam ouvi-la, pois o cinema no Brasil mostra-se cada vez mais democratizado. Nesse sentido, convém enfatizar que a situação financeira precária do brasileiro de renda baixa é um problema no País.
Em primeira análise, o acesso ao lazer para os menos favorecidos financeiramente mostra-se cada vez mais difícil devido a falta de renda. Como mostrado no longa “A invenção de Hugo Cabret”, o jovem protagonista que vive na base da sociedade , opta por meios desonestos para ter acesso ao cinema, este que era frequentado pela alta sociedade. Sob essa ótica e análogo a sociedade brasileira, é um absurdo que em pleno século XXI ir ao cinema não seja a realidade de todos.
Em segunda análise, outra consequência da privação do acesso ao cinema é a exclusão parcial do indivíduo na sociedade. Ademais, é garantido na constituição que todo brasileiro tem o devido direito ao lazer e a cultura. Porém, tal direito muitas vezes se é negado quando a elitização é uma realidade na Nação. Sob esse viés, convém analisar uma possível solução para esse empecilho.
Diante dos fatos supracitados, é consenso que medidas são necessárias para resolver a problemática. Consoante ao filósofo Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele.” Sendo assim, faz-se necessária a ação do Ministério da Educação de levar a cultura e o lazer a todos, de modo que sejam construídas em todas as escolas públicas ao menos uma sala de cinema. Por meio de um projeto de lei levado á câmara dos deputados e financiado pelo Ministério da Economia com a finalidade de levar cultura a todos. Assim, a necessidade de Hugo Cabret estará apenas na ficção.
gabriel.augz
Então, sua introdução tem alguns erros. Primeiro, você ter utilizado o filme Coringa foi uma boa, mas você não conseguiu desenvolver esse argumento, e parece que ficou bem vago e não serviu de nada ali. Eu entendi o que você quis dizer, mas você deveria ter se aprofundando um pouquinho mais nessa parte. Segundo, você diz que o cinema se torna cada vez mais democratizado… como assim? Lembre-se, os temas de redação do ENEM são sempre algum problema, não dá para você dizer que o problema já está resolvido, pois se o cinema está democratizado, não há uma desigualdade, ou se existe é mísera, o que não é verdade e o objetivo da sua redação não é esse. Quando você diz que está democratizado, o resto da sua redação entra em contradição com a introdução, o que é um grave problema. Você poderia ter dito que o cinema no Brasil está cada vez menos democratizado ou cada vez mais elitizado.
Se eu fosse utilizar os mesmos argumentos que você utilizou, eu escreveria a introdução dessa maneira: “No filme “Coringa”, é retratada a vida de um homem com problemas psiquiátricos, infelizmente, desprezado pela sociedade. Entretanto, o longa pode não ter alcançado aqueles que mais se beneficiaram da mensagem, demonstrando a evidente desigualdade e elitização do acesso ao cinema no Brasil. Nesse sentido, convém enfatizar que a situação financeira precária do brasileiro de renda baixa é um problema no País.”
Se perceber bem, vê que eu não mudei tanta coisa, mas eu tentei aprofundar um pouco mais o argumento do filme. Eu não usaria esse argumento, mas é uma preferência minha, só estou demonstrando como eu reescreveria.
Falando dos outros parágrafos agora, sua redação não está ruim. Mas, você precisa ser sempre objetivo e tentar se aprofundar nos argumentos que você traz para o texto. Não vou falar dos erros gramaticais pois já disseram aqui.
E por último, eu fiquei um pouco desanimado para continuar lendo seu texto depois da introdução, principalmente por conta da contradição. Não desista, é possível fazer uma redação muito boa, tá? Só se esforce um pouco mais e dê uma lida em redações nota mil que vai te ajudar bastante.
leleticiafb
Oii, boa noite.
– INTRODUÇÃO: Bem, já notei falhas consideráveis nela, por exemplo, o repertório do filme Coringa não foi bem encaixado ao tema, ele não adiciona em nada, trouxe apenas uma dúvida de porque esse filme foi citado :/ Além disso, você fala que as pessoas não puderam receber a mensagem do filme (isso seria dizer q elas não assistiram a ele, certo?), e logo depois você diz que o cinema é democratizado, ou seja, ficou totalmente contraditória a apresentação. Mas eu entendi a mensagem, vc quis dizer que por conta da situação vulnerável e de miséria de algumas pessoas, elas não tem acesso fácil a meios de entretenimento como o cinema. Porém, você não pode confiar no bom senso ou na imaginação do seu corretor, você tem que apresentar tudo o mais claro possível.
-DESENVOLVIMENTO: Aqui você fez um bom início de parágrafo, porém cuidado na apresentação do nome da obra: coloque as ” ” apenas no nome do filme e não com o nome do autor junto (o certo é “A Invenção” de Hugo Cabret.) O repertório é aparentemente pertinente, então foi uma boa escolha. Porém o fechamento do parágrafo está muito vago, você poderia explorar várias coisas nele, use seu poder de argumentação juntamente com o repertório que você apresentou. Fez bom uso dos conectivos, isso é um ponto importante para sua nota, porém precisa ser mais desenvolvido, é exatamente pra isso que serve o desenvolvimento. Apesar de muito rápido e simples, o segundo parágrafo ficou melhor, possui alguns erros gramaticais, mas a estrutura bruta do parágrafo está presente, basta desenvolver e detalhar mais.
-Conclusão: Fez uma boa retomada da tese. O uso do repertório do Kant é um pouco desnecessário, mas você encaixou bem. A proposta tem alguns dos elementos principais, mas ela deve ser muuuito mais detalhada e específica. A banca de correção quer tudo completamente destrinchado, entende? Devemos explicar tudo tim tim por tim tim. Foi boa a retomada do Hugo Cabret. Se possível, faça duas intervenções, uma que use instituições como agente e outra que use a sociedade, por exemplo.
E não esqueça dos 5 elementos da conclusão: ação/agente/meio/detalhamento/finalidade.