A democratização do acesso ao cinema no Brasil

A democratização do acesso ao cinema no Brasil

   A Constituição de 1988, assegura a todos o pleno direito à cultura, apesar de que, na atual realidade tal artigo não se cumpra para toda sociedade, pois, segundo o IBGE em 2018 39.9% das pessoas moravam em municípios sem, ao menos, uma sala de cinema. Outra questão que vale ressaltar é valor abusivo dos ingressos em filmes de estreia, isso confirma a falta de democratização e que para muitos o cinema é um lazer distante.

   Pode-se mencionar o baixo investimento na área cultural no Brasil, de forma que, o cinema foi centralizado nas grandes cidades urbanas, sendo visitado por uma população mais privilegiada. Para Thomas Hobbes, o Estado é responsável por garantir o bem-estar dos seus cidadãos. Ao seguir o pensamento do filósofo percebe-se a negligência do governo quanto á má distribuição das salas, não dando o direito há todos ao acesso para esse lazer, que, acima de tudo traz a possibilidade de adquirir conhecimento sobre história e cultura.

   Outro fator existente é o valor excessivo dos ingressos em filmes de estreia, dificultando ainda mais para a população de baixa renda, que, além do mais, muitas vezes precisa pagar o transporte até o local. Marilena Chauí, filósofa brasileira, diz que a democracia deve ser um sistema de direitos iguais para todos, sem ações que prejudiquem um grupo em prol de outro. Porém, infelizmente esse raciocínio não é seguido, pois, produtores e empresários pensam somente no lucro e não no que o cinema pode proporcionar para as pessoas.

   Em virtude dos fatos mencionados faz-se necessário mais atenção para a área cultural no Brasil, que através do governo, das instituições de ensino, de empresários donos de salas de cinema, seja encaminhado projetos afim de arquitetar novas salas, e também reuniões para propor preços acessíveis e assim, democratizar o acesso ao cinema e cultura à todos que tem direito, como diz na Constituição de 1988.