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A democracia estende-se ao STF

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Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal ganhou destaques nos debates públicos, principalmente no afastamento da então presidente Dilma Rousseff, na aprovação e recuo da prisão em segunda instância e em algumas polêmicas decisões políticas. O STF, diferentemente do Executivo e do Legislativo, não tem como critério primário ponderar suas ações para agradar a opinião pública, mas garantir o respeito à Constituição. No entanto, a pressão do interesse social sobre a maior instância judiciária fortalece a democracia e a fiscalização dos ministros.

Em primeiro lugar, o desejo e insatisfação da população, manifestados e levados em consideração, são sinais de uma democracia consolidada, que se adapta para se manter. A revogação da prisão após julgamento em segunda instância, por exemplo, possuiu um claro equilíbrio entre o desejo do povo e o permitido pela Carta, a ponto de o presidente da Corte deixar clara a possibilidade de alterar-se a lei posteriormente. Tal fato revela os mecanismos do Estado à nação, tornando as pessoas mais sábias quanto às regras democráticas e, logo, repudiadoras dos seus infratores. Ressalva-se, porém, que a escolha pela norma nem sempre é de gosto popular, à semelhança da de deixar o réu recorrer em liberdade.

Somada a esse benefício democrático, a atenção da sociedade dada à Suprema Corte evidencia o caráter profissional de seus membros, enquanto prestadores de serviços à sociedade; e a necessidade de excelência nas funções – sobretudo de defender a Lei Maior -, sob pena de o Congresso adquirir apoio para impedir os ministros. Ou seja, o olhar atento dos cidadãos pode constranger o STF a não repetir desvios, os quais corroboraram as críticas coletivas, como favorecer a candidatura da ex-presidente Dilma, quando a Lei diz que não, e intervir em bancos de dados financeiros, aparentemente sem critério aceitável.

Dessa forma, embora caótica, a discussão sobre os atos do Supremo reflete o aperfeiçoamento da democracia. Para validar a influência do povo no judiciário, agora, é necessário que os ministros passem a falar à nação em linguagem menos técnica, explicando o porquê de não aceitar a legitimidade do querer popular. Assim, a sociedade compreenderá o STF, além de participar das decisões políticas e judiciárias com maior sabedoria.

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3 Correções

  1. Oii!
    INTRODUÇÃO: O tema da redação do ENEM vai sempre ser um problema a ser resolvido. Nesse parágrafo, faltou a problematização clara. Além disso, os temas a serem abordados no desenvolvimento devem ser bem claras.
    D1: Bem escrito, mas faltou a problematização.
    D2: Períodos muito longos, apesar de não estarem errados, favorecem os erros de coesão. Tente fazer no máximo 3 linhas de período para não confundir.
    CONCLUSÃO: Sua intervenção tem apenas três dos cinco critérios pedidos. Faltou modo (era só colocar “por meio de verbas governamentais” ) e detalhamento (como essa ação vai ser realizada de uma forma mais aprofundada).

    Opte por fazer redações com temas que já apresentem o problema, porque na redação do ENEM é sempre assim. Quando o tema não for claro, crie a tese em torno do problema a ser abordado. Presumo que sua nota esteja entre 820 e 860. No mais, continue treinando! Parabéns!

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  2. C1 = 200. ganhou destaque*

    C2 = 190. Acredito que no último período da introdução a ordem seja importante e inversa do que está sintática colocado. A fiscalização sobre os ministros do STF -> fortalecimento da democracia.

    C3 = 200. Relacionou, organizou e ordenou fatos de forma primorosa.

    C4 = 200.

    C5 = 160. Explanaria um pouco melhor a proposta de intervenção.

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  3. GENTE ESSA É UMA REDAÇÃO, ESTILO ENEM, QUE A BANCA DA UOL DEU NOTA MÁXIMA EM TODAS AS COMPETÊNCIAS.

    JÁ HAVIA NOTADO QUE AS CORREÇÕES AQUI ESTÃO SEGUINDO MODELOS PRÉ-FABRICADOS. O QUE NÃO ERRADO. APENAS UMA QUESTÃO DE ESTILÍSTICA.

    FIQUEM ATENTOS.

    OBS : COMO NÃO SEI O NOME DO AUTOR NÃO DAREI OS DEVIDOS CRÉDITOS.

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