A demarcação de terras e a sobrevivência da cultura indígenas.

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Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, ao se observar a demarcação de terras e a cultura indígena, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsicamente ligada à realidade do país seja pela sobrevivência da cultura indígena ser constantemente ameaçada devido a negação dos direitos constitucionais ou seja pela não preservação do território.

 
É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que a constante ameaça pela sobrevivência da cultura indígena, rompe essa harmonia, visto que desde os primórdios do Brasil colonial, não tiveram respeito, empatia e solidariedade com os nativos e sua cultura. Além disso, a cada dia fica mais difícil de vivenciar suas tradições e culturas de origem, pois, esses sofrem preconceitos e intolerância de grande parte da sociedade atual.

 
Outrossim, destaca-se a não preservação do território, como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a devastação ambiental tem influenciado na cultura e no estilo de vida indígena . A construção de usinas hidrelétricas, por exemplo, pode culminar em diversos impactos ambientais que afetam o cotidiano dessas comunidades, como a redução do fluxo de água do rio devido à alteração de seu regime de escoamento, o que prejudica a fauna e a flora local.

 
É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Agricultura e Pecuária, por intermédio de verbas governamentais, programe políticas que redirecionem a expansão agrária em terras inférteis do Brasil, a fim de respeitar e preservar as demarcações de terras e a sobrevivência da cultura indígena.

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3 Correções

  1. 1º Parágrafo – talvez a melhor utilização de advérbios e pronomes, como no em situações de início de período (já que podemos cair em uma incoerência gramatical). Durante o último parágrafo, você expõe o desrespeito constitucional e a não demarcação das terras indígenas de maneira distinta, porém são quase sinônimos (tendo em vista que a política de demarcação eh constitucional), acredito que prejudique a lógica do texto.
    2º Parágrafo – A citação de Aristóteles não é posta de maneira análoga, como citado no texto, pelo contrário, é conflituosa com a realidade brasileira. Então, talvez fosse melhor utilizar (de maneira contrária… ou algo parecido. Além disso, sobre os preconceitos citados… seria benéfico adicionar referências e justificativas factuais, como reportagens..
    3º Parágrafo – Legal o argumento de Durkheim, mas talvez a inserção da questão agrária poderia ter sido feita de maneira mais profunda, ou seja, até mesmo apresentando-a como uma das causas pelas disputas das terras indígenas… assim a conclusão estaria mais detalhada.
    Parabéns pelo texto!

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  2. Introdução: contextualizou e explicou o tema por um repertório histórico. Apresentou a tese com seus argumentos.

    Desenvolvimentos: estão muito bem argumentados. Eu também sempre uso a frase do Aristóteles quando coloco culpa no negligência estatal “a política não deveria ser a arte de dominar, mas de fazer justiça”, está pertinente ao argumento. Resumidamente, sua argumentação está muito boa (me convenceu) e a estrutura também. Só te aconselho a fazer uma conclusão do desenvolvimento para garantir 200 pontos na competência 3 pelo projeto de texto.

    Conclusão: apresenta apenas 4 elementos da proposta de intervenção. Faltou o detalhamento. Você pode especificar qualquer elemento da intervenção, por exemplo: É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Agricultura e Pecuária, por intermédio de verbas governamentais, programe políticas que redirecionem a expansão agrária em terras inférteis do Brasil, a fim de respeitar e preservar as demarcações de terras e a sobrevivência da cultura indígena. Tais políticas de amplitude territorial serão baseadas na moradia para povos indígenas – os quais sofrem com a desestruturação cultural pela invasão dos europeus – que irão mobilizar o acesso aos direitos humanos. (UM EXEMPLO DE DETALHAMENTO – DETALHEI A AÇÃO)

    C1 – 160 (há alguns erros gramaticais, sobretudo de vírgula)
    C2 – 200
    C3 – 160 (faça as conclusões do desenvolvimento para garantir 200)
    C4 – 200
    C5 – 160 (faça o detalhamento)

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  3. OLÁ !

    vamos lá,

    INTRODUÇÃO

    *DESVIOS
    -e, não, desejavelmente, na prática e a* – atente-se às locuções no meio das frases.
    -devido à * Crase
    -intrinsecamente*
    -direitos constitucionais, ou seja*

    Vc apresentou o tema e as teses de forma clara e coesa. Parabéns!! Vc utilizou um repertório pertinente ao tema e com uso produtivo. Amei!

    DESENVOLVIMENTOS

    * DESVIOS

    -pois, ESTES sofrem* – vc está retomando algo que está “próximo” que no caso seriam os nativos.

    Eu, particulamente, adorei o D1. Ele foi bem explicadinho, vc relacionou muito bem os argumentos com o repertório, fez uso produtivo dele e citou exemplos para reafirmar seu ponto de vista. Só gostaria de fazer uma observação: “De maneira análoga, é possível” vc meio que contradiz o que vc escreve ao usar esse conectivo, pois, o que vc argumenta vai em oposição/ constrate à frase de Aristóteles, portanto , busque um conectivo de constrate/oposição. Aaaah, é senti falta de maraca de autoria/ fechamento do parágrafo , tente dizer com mais ênfase, com palavras fortes sua indiganção com a problemática.

    Quanto ao D2 eu achei ele perfeito tbm, a argumentação está toda amarrada, os períodos conversam entre si. Só reforço a questão da marca de autoria/ fechamento do paragráfo que ficou um pouco vago. Isso prejudiga seu projeto de texto e desconta ponto da C3, dedica um tempo em estudar isso…vc vai pegar rapidinho. :)

    CONCLUSÃO

    “programe políticas que” AQUI EU SENTI FALTA DE UM VERBO DE COMANDO. Por exemplo, faça , deve, crie… Deu uma quebrada na leitura.
    Faltou o detalhamento. E tente retomar o repertório da introdução no fim da conclusão, para fazer um fechamento e deixar o texto mais cíclico.

    Parabéns, o texto ficou ótimo!

    Continue assim ;)

    C1- 160( erros gramaticais e de estrutura sintática)
    C2- 200
    C3- 160 ( fechamento/ marca de autoria dos parágrafos)
    C4- 200
    C5- 160 ( faltou o detalhamento de um dos elementos da proposta de intervenção)

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