A demarcação de terras e a sobrevivência da cultura indígena

No processo de criação das capitanias hereditárias, muitos índios perderam suas terras e fugiram para o centro das matas, resistindo a sua escravidão. Nesse sentido, compara-se tal premissa com a atualidade brasileira, visto que, ainda perpétua o domínio das terras indígenas com fins econômicos além da difícil sobrevivência da cultura ameríndia na sociedade brasileira.

Em primeiro lugar, devemos ressaltar a perda desses territórios para fins agrários, qual perpetuam desde o “descobrimento” do Brasil. No romance “Iracema”, do escritor José de Alencar, os colonizadores portugueses ajudavam a proteger as terras ameríndias de invasões holandesas, qual, pouco depois do processo de expansão territorial, tomaram posse de suas terras para utilização da mesma em monocultura para exportação a Portugal. Logo, percebe-se que a despreocupação com esse povo permanece desde a colonização.

Em segundo lugar, a assolação da cultura indígena é um fator diretamente associado com a divisão de suas terras. Desse modo, parte desses povos migram para centros urbanos e suas tradições são deixadas para trás ou diluídas com restante das demais culturas. Eventualmente, esse deslocamento é o principal fator do desaparecimento do mesmo, visto que, nem sempre é possível a miscigenação de rituais ou tradições.

Portanto, é de imensa importância a resolução do problema. Em suma, cabe ao Governo em apoio ao Ministério da Cultura, a remoção da demarcação dessas terras, devolvendo a mesma para seus nativos com intuito de manter as tradições. Dessa forma, quebra-se a ligação histórica qual permanece até hoje, eventualmente valorizando e protegendo esses povos.