A primeira geração do Romantismo, movimento artístico e literário do século XIX, teve, no Brasil, o seu foco voltado para a idealização de elementos tipicamente brasileiros e resultou na valorização do índio, a fim de criar uma identidade nacional. No entanto, o aprecio pela cultura indígena ficou restrito à arte, uma vez que, na contemporaneidade, sua integridade é constantemente ferida e suas terras não são devidamente preservadas. Tal cenário antagônico é fruto não só do descaso governamental, mas também da visão evolucionista enraizada no corpo social.
Antes de tudo, é imperativo ressaltar a baixa atuação do poder público na manutenção do problema. Segundo Thomas Hobbes, o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população, o que não se concretiza na realidade. Visto que as autoridades não assumem um papel colaborativo na defesa dos direitos dos índios, percebe-se uma má demarcação do território das tribos, de modo que apenas uma pequena parcela é protegida por lei, além de que recorrentes apropriações ilegais são constatadas, destinando essas áreas a usos alternativos. Desse modo, a distribuição de terras é injusta e contribui tanto para a manutenção dos latifúndios quanto para a negligência da importância histórica dos povos indígenas.
Ademais, destaca-se a perpetuação de ideais etnocêntricos na manutenção do viés. A teoria determinista afirma que o indivíduo é moldado pelo ambiente ao seu redor. Partindo desse pressuposto, é notório que cidadãos inseridos em sociedades marcadas por uma mentalidade preconceituosa e evolucionista, isto é, que consideram certas raças inferiores, tendem a depreciar a herança indígena. Embora o povo brasileiro disponha da imagem de ser receptivo e acolhedor, é inegável que discrimina suas próprias raízes. Tudo isso retarda a inclusão dos índios, já que doutrinas de superioridade são opostas ao respeito e à aceitação.
Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que venham mitigar os impactos negativos decorrentes da marginalização das populações indígenas. Assim, cabe à coletividade, em conjunto com o Ministério da Educação e com a FUNAI, investir em políticas públicas voltadas à valorização e ao entendimento da cultura dos primeiros habitantes do solo brasileiro. Além de atuar na fiscalização de leis de preservação de seus territórios, é necessário inserir os índios na sociedade, respeitando suas crenças e seu estilo de vida. Somente assim, o tecido civil se aproximará do enaltecimento romântico.
NandoNeto
ATENTE-SE A CORREÇÃO
ERROS GRAMATICAIS
Sem diligências.
REPERTÓRIO SÓCIO CULTURAL
Romantismo;
Thomas Hobbe;
PROJETO DE TEXTO
Sem diligências.
CONECTIVOS
No entanto;
Antes de tudo;
Desse modo:
Ademais;
Depreende-se;
Partindo desse pressuposto;
Portanto;.
Assim;
Somente assim.
CONCLUSÃO
Sem diligências.
c1 – 200p
c2 – 200p
c3 – 200p
c4 – 200p
c5 – 200p
1000p
Eduarda.
A redação consisti em um excelente domínio da estrutura da redação. O repertório foi produtivo. Os argumentos foram colocados de forma organizada e concisa. Na conclusão tenha cuidado com os elementos da proposta de intervenção (agente, ação, por meio ou modo, finalidade e detalhamento). Você apresentou agente, ação e detalhamento. Faltou o por meio e a finalidade. Mas fora isso a redação está excelente. Eu daria a nota 920.
Competência: 1- 200. 2- 200. 3- 200. 4- 200. 5- 120. Continue a persistir.