A demarcação de terras e a sobrevivência da cultura indígena

(Por favor, corrijam no modelo ENEM)

A colonização do território brasileiro, iniciada em 1500, foi importante para o desenvolvimento do país, mas, em simultâneo, causou grandes mudanças no viver das populações indígenas, uma vez que estes foram expostos à vários episódios de violência e desrespeito civilizatório. De maneira análoga a isso, no Brasil hodierno, ascende-se a questão da demarcação de terras para a preservação da cultura indígena, haja visto que muitos deles ainda sofrem com a possibilidade da perda de suas identidades culturais. Sob esse viés, esse cenário constitui um desafio a ser mediado baseado em dois entraves: O avanço do agronegócio e a globalização.

Primeiramente, vale-se ressaltar que o avanço do agronegócio participa diretamente na conjuntura do impasse. Segundo o matemático, Blaise Pascal “A consciência é o melhor livro de moral e o que menos se consulta”. Sob tal ótica, os fazendeiros ignoram tais princípios e constantemente invadem terras demarcadas em busca de recursos que possam favorecer o lucro. Assim sendo, os nativos não só perdem suas terras e a oportunidade de preservarem as suas culturas como também correm o risco de ameaças caso ofereçam resistência. Logo, a obsessão por lucro, proveniente do agronegócio, é um fator que corrobora potencialmente para a extinção da cultura indígena.

Outrossim, a intensificação da globalização é um elemento agravante da problemática. Em consonância ao filósofo, Jacques Rousseau “O homem nasce bom, porém a sociedade o corrompe”. Sob essa análise, os nativos vêm se adaptando aos novos meios de comunicação e interação social, o que possibilita as suas inclusões na sociedade bem como os torna passíveis de serem influenciados negativamente. Afinal, um meio social repleto de padrões podem modificar a essência dos índios, levando-os as se adaptarem ao novo “viver”, deixando de lado a sua identidade cultural. Portanto, a globalização consegue apagar e modificar muitas características culturais dos nativos.

Dessarte, medidas são necessárias para a resolução do impasse. O Governo Federal e o Ministério da Agricultura e Pecuária, em parceria, através de recursos públicos e iniciativas privadas, devem elaborar ações que transformem áreas inférteis em férteis a fim de direcionar o foque de terras indígenas para outras fontes. Ademais, cabe ao poder legislativo, por intermédio de criação de leis, oferecer punições rigorosas para aqueles que explorarem ilegalmente o território nativo com o objetivo de amenizar os impactos ambientais causadas por feitos inadvertidos. Só assim será possível a preservação cultural e territorial dos indígenas bem como que atos, como o da colonização, não aconteça novamente.