A cultura do estupro

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    Desde a Antiguidade, a figura feminina sofre com opressões diversas, seja por não ter local de fala ou até mesmo importância na vida em sociedade. Em Atenas, na Grécia Antiga, a mulher possuía a função de ser bela, respeitar o marido e cuidar do lar, muitas vezes estando presa à um estilo de vida sem liberdade e totalmente vulnerável ao patriarcado machista da época. Infelizmente, essa situação se repete nos dias atuais, agravando sérios problemas, como a cultura do estupro. Isso acontece devido ao machismo enraizado na sociedade e a falta de profissionais competentes para lidar com vítimas da violência sexual.

    Em primeiro lugar, a sociedade mundial foi construída com base em preceitos machistas e opressores, e no Brasil não foi diferente. Quando se fala da cultura do estupro, muitas pessoas alegam que a culpa é da vítima; segundo uma pesquisa feita pelo Ipea em 2014, 58,5% dos entrevistados disseram que “se mulheres soubessem se comportar, haveriam menos estupros”, e para 61,5%, “mulher que é agredida e continua com o parceiro, gosta de apanhar” – evidenciando a falta de uma proteção da vítima e o pensamento machista na sociedade atual.

    Em segundo lugar, na maioria das vezes, a vítima prefere ficar calada e não buscar apoio na delegacia ou em hospitais, o estupro acaba sendo silenciado pela vergonha. Para comprovar que houve mesmo a violência sexual, a mulher tem que ser examinada profundamente por médicos do IML – profissionais que não são treinados para esse tipo de abordagem e acabam dificultando o processo doloroso da vítima, e ainda sim, a maioria dos casos não chega ao tribunal, pois não têm chances altas de serem aprovados e as provas são frágeis. Segundo levantamento da Istoé em 2017, somente 3% dos casos de violência sexual contra mulheres terminam em condenações no Brasil.

    Diante dos fatos, é necessário tomar medidas eficazes para combater o problema. Cabe ao Ministério da Educação conscientizar os alunos das escolas brasileiras, por meio de aulas e seminários com profissionais adequados, com o intuito de acabar com a visão machista da sociedade desde os primeiros anos escolares. Também é de responsabilidade das universidades públicas e particulares, oferecerem técnicas de como lidar com processos traumáticos para seus estudantes de medicina, por meio de palestras e cursos, a fim de minimizar o constrangimento das vítimas no futuro e ajudar a acabar com a cultura do estupro.

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2 Correções

  1. Nossa com certeza 1000 também. Voce escreve muito bem e com muita clareza, da pra entender tudo sem complicação. Vai ser dificil tirar menos que 1000 no enem kkk queria eu poder escrever assim, mas a gente vai melhorando ne, cada vez mais. Meus parabens, voce merece. Se puder corrigir a minha pra ver o que eu posso ir melhorando, eu agradeço

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  2. A sua redação no meu ponto de vista, está simplesmente perfeita!! Seu texto está muito coeso. Você estudou bem as competências utilizadas antes de escrever sua redação.
    Demonstrou total domínio da norma-padrão da língua escrita, como pedi a competência 1. Pelo seu desenvolvimento, pude perceber que compreendeu a proposta de redação e conseguiu aplicar conceitos de diferentes áreas do conhecimento, desenvolvendo o tema em um texto dissertativo-argumentativo, como pedi a competência 2. Selecionou, organizou e relacionou sua opinião e seus argumentos, defendendo deu ponto de vista, como pede a competência 3. Utilizou uma diversificação na utilização de recursos coesivos, como pede a competência 4. Elaborou sua proposta de intervenção muito detalhada, além de bem relacionada ao tema e à problemática desenvolvida no texto, como pede a competência 5. Ou seja:
    Competência 1: 200 pontos
    Competência 2: 200 pontos
    Competência 3: 200 pontos
    Competência 4: 200 pontos
    Competência 5: 200 pontos
    Nota final: 1000 pontos!! Parabéns! Continue assim!

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