A Cultura do Consumo entre Jovens no Brasil

“Na sociedade de consumidores ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria”. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman tematiza o consumo como figura principal das relações sociais na contemporaneidade. De forma análoga no Brasil, o aumento do consumo entre jovens resulta em diversos fatores negativos e que, também, são prejudiciais ao meio ambiente. 

Em primeiro plano, nota-se que com a consolidação do capitalismo, sobretudo após o final do século XX que marcou sua hegemonia sobre as nações do globo, as relações passaram a girar em torno do mercado. Com isso, o indivíduo, inserido em um contexto de produção em massa, passou a enxergar no produto adquirido seu status social. É notável destacar que o delírio de consumir roupas e acessórios de marcas entre os jovens, ultrapassa limites causando o endividamento entre essa parcela.

Em segundo lugar, com a obsolência programada, em que novos produtos são fabricados para que os anteriores se tornem obsoletos e estimule o comércio, o aumento do lixo se tornou um problema para as futuras gerações. Na animação norte-americana “Wall-E”, é retratado um mundo dividido em dois lados: o poluído, no qual o acúmulo de lixo tornou o planeta inabitável, e o consumista, em que os indivíduos são consumidores impulsivos e sedentários contribuindo para a degradação do meio ambiente. Logo, tal fato transcede a arte e torna-se um grave impasse a ser combatido.

Portanto, a Mídia, com a veiculação de propagandas de orientação na televisão, rádio e jornais impressos, deve informar a população sobre os problemas causados pelo consumo exagerado. Por meio de parcerias público-privadas, espera-se, com isso, que consiga alertar os jovens sobre esse grande problema social.