a cultura do cancelamento na sociedade contemporânea

É notório que combater a cultura do cancelamento na sociedade contemporânea é uma tarefa desafiadora, uma vez que essa prática tem ganhado forças nas mídias sociais. Nesse viés, há uma configuração de um grave problema, em virtude do individualismo e omissão legislativa.

A princípio, o egocentrismo caracteriza-se como um complexo dificultador. Com isso, na obra “Modernidade Líquida”, Zygmunt Bauman defende que a sociedade atual é fortemente influenciada pelo individualismo. Nesse sentido, a tese do sociólogo pode ser observada de maneira específica na contemporaneidade brasileira, no que tange à cultura do cancelamento. Logo, essa liquidez que influi sobre a questão funciona como uma punição por parte do “cancelador” que se acha no direito de julgar sem ter no mínimo empatia pela dor do outro.

Ademais, é fundamental apontar a ausência legislativa. Nessa perspectiva, a Constituição Federal de 1988 é a lei basica brasileira que busca garantir a integridade dos seres vivos e do ambiente estão inseridos. Mas, essa legislação não tem sido suficiente no que se refere à questão do cancelamento nas redes sociais, visto que o discurso de ódio tem tomado uma grande proporção, na qual pessoas querem fazer justiça com as próprias mãos assim gerando efeitos na saúde mental do “cancelado”,tais com: depressão e ansiedade. Desse modo, urge o Estado desenvolver leis mais eficientes para que o impasse seja de fato resolvido.

Portanto, é indispensável intervir na cultura do cancelamento. Para isso, poder público deve promover palestras e campanhas, por meio de destinação de verbas, a fim de reverter o individualismo nas redes sociais. Tal ação pode, ainda ser divulgado na mídia de massa para que a população tome conhecimento. Paralelamente,é preciso ampliar a legislação para que acha mais segurança ao “cancelado”.