A cultura da paz em oposição à violência nas escolas

No desenho infantil brasileiro “Irmão do Jorel” o protagonista sofre bullying constantemente no ambiente escolar por não se adequar aos padrões da sociedade, ao contrário de seu irmão. Fora das telas a situação é semelhante: crianças e adolescentes buscam constantemente serem melhores que seus colegas, promovendo a violência física e verbal, incentivados muitas vezes pelos próprios pais e responsáveis, sem se importarem, ademais, com as campanhas de conscientização contra esse problema, quase sempre fracas e desinteressantes.
Em primeiro lugar, é importante entender que a situação da violência nas escolas tem, quase sempre, raízes no lar dos estudantes, onde esses são inspirados pelas atitudes dos mais velhos, que agridem, por vezes, verbal e físicamente até mesmo os membros da família, criando nas crianças uma ideia de que a violência é normal e não tem punição efetiva.
Além disso, as campanhas de promoção da cultura da paz nas escolas geralmente são feitas de maneira monótona, com raras e rasas falas dos professores, tratando do assunto de um modo que o aluno não se interessa nem presta a devida atenção e que, por conseguinte, não provoca nele a mudança de suas atitudes.
Sendo assim, medidas são necessárias para resolver o problema. O ministério da educação deve destinar recursos às escolas, para que estas promovam atendimento psicológico aos seus estudantes, com rodas de conversa e atendimentos particulares, para saber se eles passam por casos de violência na família, e, assim, fazer o necessário para combater os mesmos. Aliado a isso, as escolas devem promover ações eficazes de conscientização, através da exibição de filmes, documentários, episódios de séries e desenhos, como “Irmão do Jorel”, para convencer, de maneira lúdica, os alunos do efeito causado pelo bullying, visando sua eradicação. Somente assim poderá ser implantada uma verdadeira cultura da paz no ambiente escolar e demais locais de convivência.