A crise no abastecimento de água

De acordo com Tales de Mileto, o pai da Filosofia, a água é o componente primordial da realidade, o “Arché”. Apesar da Física de Partículas refutar o filósofo antigo em materialidade, não é possível refutá-lo em essência. Uma vez que se observa a importância singular desse líquido, tanto para natureza ,quanto para o ser humano. Assim, são necessárias soluções técnicas modernas para aumentar a disponibilidade desse recurso onde ele é escasso.

Em primeira análise, a ANA, Agência Nacional de Águas, afirma que mais de 50% dos municípios brasileiros carecem de adequado sistema de abastecimento, sendo esses municípios concentrados, em sua maioria, no Nordeste. Ademais, regulamentações referentes a vazões mínimas, da mesma Agência, dificultam a elaboração de projetos de captação em regiões que, por natureza, possuem os menores corpos hídricos; e, por conseguinte, são as mais necessitadas.

Outrossim, a problemática exige soluções inovadoras, tal qual o Sistema de Gerenciamento Hídrico de Alto Desempenho da Bacia do Rio Formoso, no Tocantins. Pois, por meio de aferições de vazões instantâneas, a atualizar constantemente vasto banco de dados por rede celular, o sistema permite captar o recuso hídrico de maneira mais abundante e flexível,em concordância com as diretrizes da ANA. Logo, trata-se de uma abordagem ideal para todo o país, sobretudo para o Nordeste.

Portanto, faz-se mister que o Ministério da Infraestrutura dissemine o modelo Tocantinense de sucesso em todo o Brasil, com ênfase no semiárido nordestino. Adicionalmente, os meios para dar cabo desse intento encontram-se nas parceiras público-privadas com empresas de engenharia, sob o regime de licitação, na forma da lei, a fim de que o acesso á água potável em abundância seja generalizado em todo o território nacional. Por conseguinte, a “Arché” de Tales de Mileto migrará de motivo de preocupação; para motivo de celebração, em vários pontos do Brasil.