A Crise hídrica no Brasil

Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, em sua teoria sobre a vida líquida, os seres humanos têm práticas egoístas e superficiais. Análogo à isso, a temática está intimamente relacionada à realidade vivida, visto que o Brasil apresenta ações indiferentes no abastecimento de água da população. Desse modo, é importante ressaltar a negligência governamental e as atuações antropogênicas como fatores que favorecem a crise hídrica brasileira.

Em primeiro plano, cabe citar o filme “Bacurau”, lançado em 2019, que se passa em uma cidade do nordeste brasileiro que sofre ausência de abastecimento de água. Diante disso, nota-se que há uma falha na distribuição hídrica do país, uma vez que as áreas mais afetadas são as sertanejas. Por conseguinte, vale lembrar que o desperdício, advindo do pensamento de que os recursos são inacabáveis, também contribui para o declínio e a escassez da água no atual cenário do país.

Consequentemente, há falta de qualidade de vida, na medida em que a problemática facilita o processo de poluição em corpos d’água, que irá chegar até as casas dos indivíduos. Ou que não chegará, já que muitos não possuem o provimento de água, sendo impossibilitados de ter higiene pessoal básica. Em virtude disso, também ocorre a disseminação de doenças transmissíveis, como viroses, fazendo-se necessário ter a atenção e cuidado do estado com medidas de amparo.

Em suma, observa-se a necessidade de atenuar os desafios hídricos no Brasil. Logo, é indubitável que o Governo Federal, através da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, implemente ações que reavalie constantemente os cursos de distribuição de água no país de forma eficaz, de modo a promover mais salubridade a áreas desfavorecidas, além de promover campanhas de conscientização do desperdício de recursos naturais. Assim, os desafios atrelados à crise hídrica no Brasil serão amenizados e o pensamento de Bauman poderá ser refutado.