A crise hídrica em questão no Brasil

Segundo Tales de Mileto, filósofo grego, “Tudo é feito de água.” Assim sendo, é válido dar ênfase à importância desse recurso que passou a ser esgotável e que é essencial à vida no planeta. Ao analisar o tema “A crise hídrica em questão no Brasil”, percebe-se que o aumento da escassez atinge as regiões de formas divergentes e necessita de atenção urgentemente. Nesse contexto, vê-se que alguns dos responsáveis pelo problema em vigor são as expansões do agronegócio e as mudanças climáticas.

Primordialmente, é necessário apontar que, com o aumento do agronegócio, há também o aumento da devastação de áreas e a poluição das águas. De acordo com Paul Watson, co-fundador do Greenpeace, “Inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente.” No entanto, a relação do homem com a natureza tem mostrado como a falta de coerência daqueles que destroem um bem do qual são dependentes, acabarão por afetar a sua própria qualidade de vida.

Em segundo lugar, as mudanças do clima – fator causado pela poluição e devastação – tem contribuído para a seca de algumas regiões, e consequentemente, para a evasão dos habitantes das mesmas. Como no livro “Vidas Secas”, do escritor Graciliano Ramos, onde é contada a história de uma família que precisa se mudar de tempos em tempos, por causa da seca nordestina para conseguirem sobreviver. Diante disso, entendemos como a falta de água é crucial para a vida de todos.

Dessa forma, para que os impactos do agronegócio e da mudança climática possam reduzir, é necessário que algumas atitudes sejam tomadas. Urge que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, crie um regulamento rígido com tolerância zero ao desmatamento e poluição de áreas. Além disso, é necessário a promoção de comerciais educativos pelo Ministério do Meio Ambiente, que sejam transmitidos em grandes mídias por tempo ilimitado e implantado na grade curricular das escolas. Enfim, além de uma sociedade consciente e políticas de preservação em vigor, situações como em “Vidas Secas” poderão futuramente deixarem de serem uma realidade no Brasil.