Os filósofos pré-socráticos são conhecidos pelo empenho na tentativa de decobrir a origem do Universo, ainda na Idade Antiga. Dentre eles, Talles de Mileto concentrou sua teoria na água, haja vista a necessidade dela para a vida. No Brasil hodierno, entretanto, nota-se a desvalorização de tal recurso, como evidenciado nas críses hídricas que o país enfrenta – conjuntura potencializada, máxime, pela inefetiva cobrança midiática e pela inércia estatal.
A priori, é válido salientar que os maiores índices de gastos hídricos, no Brasil, são provenientes do setor privado, principalmente do agronegócio. Ainda assim, é notável que a cobrança para a economia da água, nas grandes mídias, são voltadas ao consumidor geral. Nesse sentido, o geógrafo Milton Santos afirma que a sociedade brasileira vive uma “democracia de mercado”, na qual não há foco nas questões sociais. Dessa forma, nota-se o protecionismo diante de empresas privadas, de viés econômico, ao invés da defesa do meio-ambiente e, consequentemente, da população, que sofre com as crises.
Paralelamente, o problema é, do mesmo modo, permitido pela ineficência das lideranças federais. Assim como os grandes veículos de comunicação, o governo brasileiro, envolto na “democracia de mercado” descrita por Milton Santos, admite os mau uso do precioso recurso com o fito do resguardo mercadológico. Entretanto, a corrente política dos contratualistas, dentre eles o filósofo John Locke, afirma que é obrigação do Estado prover o bem-estar coletivo. Posto isso, denota-se que a inércia dos gestores públicos, que consentem o uso desenfreado da água, descumpre com sua própria função de origem, perpetuando o cenário da insuficiência hídrica.
Logo, depreende-se a urgência no enfrentamento do óbice. Para que isso ocorra, o Governo Federal deve impor a taxação de empresas e latifúndios que fazem uso irregular da água, por meio de um projeto amplo de fiscalização em todo o território nacional – sobretudo em regiões com intensa presença do agronegócio. Somente assim, e de maneira gradual, o país poderá encarar um panorama mais otimista, valorizando mais um recurso tão necessário, como já havia notado Talles de Mileto.
meme
Olá! Não sou da área, mas posso lhe pontuar alguns pontos:
– Atenção ao excesso de vírgulas, pois jamais separe os verbos do predicado;
– Conclusão na métrica do ENEM é chata mesmo, tem que ter agente, forma, finalidade, público alvo, consequência …. Creio que você atendeu em parte aos requisitos.
No mais seu vocabulário está diversificado, argumentos bem fundamentados e aderente ao tema.
Parabéns pela iniciativa, continue praticando e não desista fácil dos seus sonhos. Há muita dificuldade ainda pela frente, rs