A CONTINUIDADE DO RACISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA – (FOI REDIGIDA NA FOLHA DE REDAÇÃO ENEM)

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à vida, à liberdade e à igualdade a todos os cidadãos. Nesse contexto, com o intuito de assegurar tais benesses, no Brasil hodierno, nota-se o avanço de ações para combater a persistência do racismo em sua comunidade. Nesse viés, essa conjuntura mórbida ocorre, sobretudo, devido à negligência acadêmica ao abordar esse tema e à reincidência de impunidade aos agressores. Desse modo, faz-se necessário mais ação da sociedade e do Governo, visando ao enfrentamento dessa adversidade.

Com efeito, a falta de ênfase escolar sobre os malefícios da segregação racial obsta que esse panorama seja superado. Nessa perspectiva, essa realidade é evidenciada no seriado americano “Todo mundo odeia o Chris”, cujo personagem, um adolescente negro, mesmo após sofrer inúmeros atos discriminatórios de seus colegas e de sua professora, não recebe apoio dos responsáveis pela condução do colégio para discutir e extinguir essa problemática. Fora da ficção, essa conjuntura separatista ocorre na sociedade brasileira, uma vez que grande parte de seus colégios não têm estrutura adequada para lidar com tal preconceito, o que suscita, muitas vezes, distúrbios educacionais, como a evasão acadêmica. Logo, torna-se urgente maior atitude da população em combate a esse imbróglio.

Ademais, a perpetuação do racismo se deve, em muitas ocasiões, à impunidade de marginais que não respeitam a pluralidade humana. Nesse sentido, destaca-se relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), cujo conteúdo ressalta que o Brasil tem tido grande dificuldade em assegurar o direito à segurança cidadã a um amplo contingente de sua população, visto que não consegue punir infratores que incitam essa forma de discriminação, de modo que possui a maior taxa de homicídios contra afrodescendentes das Américas e, em contradição a esse cenário, o menor índice de casos solucionados. Sob esse viés, a segregação social desses cidadãos, em conjunto a tal imunidade estrutural, acarreta, muitas vezes, transtornos mentais, como a depressão, às vítimas. Diante disso, invoca-se maior protagonismo por parte dos governantes em oposição a esse revés.

Dessarte, são fulcrais mudanças que obstem, no Brasil contemporâneo, a assiduidade da marginalização de raças. De imediato, urge que as escolas, juntamente às universidades, realizem seminários periódicos, ministrados por especialistas da área, como psicopedagogos, por meio de documentários, os quais enfatizem os efeitos deletérios da passividade em debater assuntos ligados à discriminação, a fim de elucidar a importância escolar na luta contra qualquer forma de preconceito. Além disso, o Poder Legislativo, mediante projetos mais abrangentes, deve criar leis mais severas, com o fito de extinguir a impunidade para tal modo de violência. Assim, com essas ações, os elementos elencados, na Carta Magna, serão garantidos a todos os cidadãos.