A censura do ideal comum inexiste na alienação.

No livro “1984” de George Orwell, é retratado um governo autoritário que utiliza da censura para gerar, na população, comportamentos de interesse do Estado. No mundo real, os governos utilizam de estratégias semelhantes para manipular e controlar as pessoas, dessa forma, criando comportamentos, ideais e hábitos de seu interesse sobre a coletividade. Diante desse cenário, deve-se analisar: como se dá a geração da manipulação a partir da censura disfarçada e os efeitos gerais sobre a sociedade.

Primeiramente, a censura de forma geral é extremamente manipuladora. Durante o regime nazista, o “marketing” foi utilizado como ferramenta dos ideais escritos e defendidos por Adolf Hitler em seu livro “Mein Kampf” (A Minha luta). Livros análogos a tais ideias eram completamente queimados (censurados). Dessa forma, com o desaparecimento de livros que contradiziam o nazismo, surgiu uma única verdade para os alemães: – Os ideais de Hitler são certos e eu os defendo. Ou seja, essa sociedade passou a acreditar no que o Estado (partido nazista) desejava.

Outrossim, a alienação ao longo do tempo é inevitável quando há censura. Segundo a teoria da alienação de Karl Marx, os indivíduos se tornam alienados quando é emitido parte da informação de um processo, assim como ocorria no sistema fordista de produção, onde indivíduos apertavam parafusos e não sabiam para que aquilo serviria. Dessa forma, sem indagação há a criação de um senso comum, consequentemente, perca do pensamento crítico gerando uma fácil manipulação por parte do Estado.

Portanto, indubitavelmente, para que a censura seja extinta urge que a população, crie laços ideais e culturais cada vez mais fortes, ressaltando a literatura, a história e o conhecimento adquirido por seus antepassados. E por meio de sua ampla divulgação, espera-se que a manipulação possa ser nula sobre a sociedade. Vale salientar que, a criação do pensamento críticos sobre os assuntos diversos deve ser estipulado em toda a população, dessa forma, impossibilitando o governo de tornar-se autocrático. Somente com tais atitudes poderemos buscar um destino análogo ao da sociedade descrita no livro “1984”.